A visita da vice-prefeita de Cuiabá e secretária de Mobilidade Urbana, coronel Vânia Rosa (Novo), à Câmara causou tumulto e protesto dos vereadores durante a sessão ordinária desta quinta-feira (7).
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Convidada para prestar esclarecimentos sobre o contrato emergencial para continuidade dos serviços de radares na cidade, Vânia teve apenas cinco minutos para se pronunciar, o que gerou revolta entre os parlamentares. Eles queriam aproveitar a presença dela no plenário para questionar sobre outros assuntos, entre eles, denúncias de assédio dentro da Secretaria de Mobilidade Urbana (Semob).
Os vereadores também reclamaram da forma como são tratados pela secretária, que, segundo eles, não responde às demandas e sequer os recebe na pasta.
Além disso, não houve consenso sobre a proposta da presidente da Casa, Paula Calil (PL), de suprimir o grande expediente para permitir a fala restrita da secretária sobre o contrato.
“Vossa excelência está propondo que seja em tese suprimido o grande expediente, eu acho que... eu não estou com dúvida, eu faço uma questão de ordem. Veja a senhora o seguinte, hoje de manhã eu recebi no meu gabinete um colaborador da Semob, inclusive relatei isso a vossa excelência e ao líder Dilemário [Alencar], me falando dos assédios que estão acontecendo ali, tem que ser uma sessão um pouco maior para ouvir a secretária, mas também para que nós possamos fazer os nossos questionamentos. A secretária trata o vereador Daniel [Monteiro] da pior maneira possível, a vossa excelência também da pior maneira possível, o que nós temos que entender que há a necessidade da boa relação e do bom respeito”, ressaltou o vereador Demilson Nogueira (PP) durante a sessão.
Paula tentou encontrar uma solução intermediária, mas não conseguiu, e a secretária teve apenas cinco minutos para prestar esclarecimentos sobre o contrato emergencial.
Antes de Vânia entrar no plenário, os vereadores, em forma de protesto pela falta de diálogo com a secretária, decidiram esvaziar o plenário.
“Assim como ela não tem intenção de ouvir vereador, eu também não tenho intenção de ouvir ela”, comentou Eduardo Magalhães (Republicanos).
Para tentar amenizar o impasse, o líder do prefeito Abilio Brunini (PL), Dilemário Alencar, apresentou um requerimento para que Vânia seja convocada novamente, desta vez para prestar esclarecimentos mais amplos, com mais tempo e sobre diversos assuntos.
Contrato
Durante sua breve fala, Vânia explicou que o contrato emergencial com o consórcio CMT foi assinado por até 12 meses, com objetivo de dar continuidade aos serviços de monitoramento do trânsito na capital. Segundo ela, um novo processo licitatório será lançado assim que os estudos do edital forem concluídos.
Ela também justificou que os trabalhos têm levado mais tempo devido à complexidade técnica.
Sobre o aumento no valor do contrato, Vânia disse que isso ocorreu por conta da substituição dos pardais por lombadas eletrônicas, a pedido do prefeito.
“Isso não é uma indústria da multa, considerando que 0,13% da sociedade é multada, então esse contrato emergencial acontece e os valores foram aumentados porque ao invés dos pardais, aquele que fica escondido, nosso prefeito quer lombadas eletrônicas, ou seja, deixar bastante visível a velocidade que o condutor está passando na via para que ela seja multada ou não, ele vai ter ciência da velocidade que ele foi passado e a lombada eletrônica tem o valor mais oneroso que o pardal”, disse.
