O governador Mauro Mendes (União) criticou o pacote de medidas anunciado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para reduzir o impacto das tarifas de até 50% impostas pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros.
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Para Mendes, as ações apresentadas, como postergação de impostos e linhas de financiamento, são apenas paliativas e não atacam a raiz do problema, que ele diz depender de diálogo diplomático.
Segundo o governador, o conjunto de iniciativas anunciado no chamado Plano Brasil Soberano, embora traga algum alívio inicial a exportadores e trabalhadores, não é capaz de resolver o impasse comercial com o governo norte-americano.
“É como você ter um câncer, um diagnóstico de câncer, e começar a tomar dipirona, neovagina ou algum chá. Vai aliviar no primeiro momento? Vai. Mas não vai resolver o problema. Nós precisamos, com diálogo, construir uma solução para essa crise. Não é se ausentando ou aplicando medidas paliativas que isso vai se resolver”, ressaltou.
Mauro alertou que, se o embargo e a crise diplomática com os Estados Unidos persistirem, os efeitos para o setor produtivo serão graves.
“O governo vai postergar por dois meses o pagamento de impostos dessas empresas, mas, daqui a dois meses, elas terão que pagar. E se não conseguirem exportar ou encontrar alternativas? A medida mais correta é insistir no diálogo para evitar que essa escalada continue”, comentou.
O Plano Brasil Soberano, anunciado por Lula na quarta-feira (13), prevê ações em três frentes: fortalecimento do setor produtivo, proteção aos trabalhadores e diplomacia comercial. Entre elas, estão R$ 30 bilhões do Fundo Garantidor de Exportações para crédito, ampliação de linhas de financiamento às exportações, prorrogação de tributos e aumento de restituições via Reintegra.