O senador Wellington Fagundes (PL) afirmou que compreende e respeita a posição do prefeito de Cuiabá, Abílio Brunini (PL), em rechaçar uma possível aliança entre o PL e o MDB, ao menos em Mato Grosso. No entanto, ele disse que defende uma aproximação entre os partidos, o que, na prática, pode beneficiá-lo. 

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“Olha, cada um tem que ter, nesse momento, é momento de posições. Eu compreendo o prefeito Abílio, assim como todos os prefeitos”, disse.  “Eu não vou discordar da posição de nenhum prefeito. Seja do PL ou seja do prefeito que a gente conviveu e que a gente ajudou a eleger”. 

“Claro que existe um governo que nós elegemos e que tem a obrigação de ajudar todos os municípios. Que não é papel do prefeito rechaçar o governo. Muito pelo contrário. E eu defendo isso que vamos procurar nos aproximar cada vez mais em benefício da população. Cada prefeito que foi eleito, tem um compromisso de trabalhar pelo seu município”, continuou. 

Questionado sobre a possibilidade de uma deliberação da executiva nacional do PL para uma aproximação com o MDB, o senador declarou que o MDB é um dos partidos que podem apoiar a candidatura do ex-presidente Jair Bolsonaro à presidência, mesmo ele estando inelegível. 

Ele disse ainda que em São Paulo os dois partidos já são aliados e que o PL tentará replicar essas alianças nos outros estados.

“Em São Paulo existe uma aliança, PL e MDB. E assim vamos tentar construir também nos estados e onde for possível. Nós do PL primeiro queremos e vamos trabalhar para que o presidente Bolsonaro seja esse grande candidato. Então essa reunião que teve todos os partidos, nós vamos buscar ainda o tema da anistia”. 

Em entrevista nesta quarta-feira (20), Brunini declarou apoio a Mauro Mendes (UNIÃO) e José Medeiros (PL) para o Senado em 2026 afastou qualquer possibilidade de diálogo com o MDB, partido que lançou Janaína Riva, que é nora de Fagundes, como pré-candidata ao Senado. 

O prefeito lembrou que a sigla integra a base do governo Lula (PT) e mantém ministérios e lideranças alinhadas ao Palácio do Planalto. “Não apoiarei o MDB em nenhuma circunstância. Nunca busquei esse partido para nada. O MDB é de esquerda e não há espaço para composições que tentem maquiá-lo como direita”, declarou.
 
A sinalização de apoio a Mauro Mendes tem peso estratégico nas eleições do próximo ano, uma vez que as lideranças bolsonaristas do PL não aceitam aliança com o MDB. 

“Desejo construir um projeto em conjunto com José Medeiros e Mauro Mendes. Precisamos de dois senadores que representem nossos ideais e contribuam para a recuperação do país”, reforçou.
 
Com relação ao governo, o prefeito de Cuiabá destaca que o PL tem um pré-candidato, que é o senador Wellington Fagundes, mas também demonstra simpatia pelo nome do vice-governador Otaviano Pivetta (Republicanos), que é o nome do grupo de Mendes para disputar o governo no pleito no próximo ano.