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Segunda-feira, 10 de novembro de 2025

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Principais IAs usadas no Brasil falham em cumprir regras básicas da LGPD, aponta estudo da FGV

Principais IAs usadas no Brasil falham em cumprir regras básicas da LGPD, aponta estudo da FGV
Um estudo realizado pelo Centro de Tecnologia e Sociedade da FGV Direito Rio revelou que nenhuma das principais plataformas de Inteligência Artificial generativa utilizadas no Brasil cumpre integralmente a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). A pesquisa avaliou ferramentas como ChatGPT, Gemini, Copilot, Claude, Meta AI, Grok e DeepSeek, identificando falhas em requisitos fundamentais de transparência, governança e proteção de direitos dos usuários.


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Segundo o levantamento, Claude, Gemini e Meta AI obtiveram os melhores desempenhos, mas ainda apresentaram pontos críticos. Já Copilot, ChatGPT e as emergentes Grok e DeepSeek tiveram os índices mais baixos de conformidade. Entre os problemas, estão a ausência de políticas de privacidade em português, a falta de clareza sobre a identidade do encarregado de dados, omissões em relação às transferências internacionais e a escassez de informações detalhadas sobre medidas de segurança.

Fabiano Carvalho, especialista em Transformação Digital e CEO da Ikhon, avalia que um dos principais riscos está no uso de dados pessoais não estruturados, como documentos, imagens e contratos digitalizados, que muitas vezes alimentam sistemas de IA sem base legal, consentimento ou anonimização adequada. Para ele, é urgente que empresas implementem políticas claras de governança sobre o uso de dados nessas tecnologias.

O relatório da FGV ganha ainda mais relevância diante da recente decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou a responsabilização de plataformas digitais por conteúdos ilícitos mesmo sem ordem judicial. O entendimento reforça os princípios de responsabilidade e transparência previstos na LGPD e pressiona empresas a adotarem práticas mais rigorosas de segurança e conformidade.
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