O presidente da Assembleia Legislativa, Max Russi (PSB), afirmou nesta segunda-feira (15) que ainda é cedo para definir o cenário da disputa majoritária de 2026, mas indicou como natural apoiar o vice-governador Otaviano Pivetta (Republicanos) na sucessão do governador Mauro Mendes (União), por pertencerem ao mesmo grupo político.
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Em declarações à imprensa, Russi afirmou que, no momento, está focado em demandas legislativas, como a Câmara Setorial para tratar da saúde indígena e a execução do BRT. “A questão política está tendo muito debate, muita discussão, mas é bem prematura ainda. Tá muito indefinido para a gente fazer qualquer cenário de previsão para o próximo ano”, disse.
O deputado destacou que, antes da definição das candidaturas majoritárias, será necessário construir as chapas proporcionais, de deputados estaduais e federais. Segundo ele, até o momento, nem Pivetta, nem o senador Wellington Fagundes (PL) procuraram seu grupo para discutir composição eleitoral.
Max também mencionou o apoio ao governador Mauro Mendes em eventual disputa ao Senado, mas ressaltou que o governador ainda não confirmou se irá renunciar até abril para concorrer a uma das duas vagas. Entre outros nomes citados pelo parlamentar estão a deputada Janaina Riva (MDB) e os senadores Jayme Campos (União) e Carlos Fávaro (PSD), este último licenciado para comandar o Mapa.
O cenário político estadual inclui movimentações do deputado federal José Medeiros (PL), que afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) definiu seus dois pré-candidatos ao Senado por Mato Grosso: ele próprio e Mauro, formando a chamada “dupla MM”. Medeiros também tem buscado aproximação com Pivetta, desenhando uma chapa majoritária composta por Pivetta ao governo e a dupla MM ao Senado.
Essa articulação representa uma tentativa de isolar pré-candidaturas de Wellington Fagundes ao governo e de Janaina Riva ao Senado, ambos defensores de composição com o MDB e com resistência no núcleo ideológico do bolsonarismo em Mato Grosso.