A senadora Margareth Buzetti (PP-MT) se despediu oficialmente do Senado nesta terça-feira (30), em sessão marcada por mais de uma hora de apartes de colegas de diferentes partidos. Ao todo, mais de 25 parlamentares registraram homenagens à mato-grossense, destacando sua atuação independente, o enfrentamento a temas sensíveis e a aprovação de leis de impacto nacional.
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Suplente do ministro da Agricultura, Carlos Fávaro (PSD), Buzetti assumiu a vaga em 2023 e consolidou-se como senadora de atuação própria. Nesse período, conseguiu aprovar leis como a que transformou o feminicídio em crime autônomo, a que criou o Cadastro Nacional de Pedófilos e Predadores Sexuais e a que garantiu o direito à reconstrução mamária em casos de mutilação. Todas foram sancionadas em tempo considerado recorde.
Em discurso de despedida, Buzetti afirmou que retorna a Mato Grosso para se dedicar ao estado, visitar municípios e contribuir com o debate político. Defendeu “menos ativismo e mais trabalho”, ressaltou que a polarização não resolve os problemas do país e antecipou a licença do mandato, que se encerraria em dezembro, para que seu suplente José Lacerda (PSD) pudesse assumir. Também declarou que pretende concentrar esforços no fortalecimento partidário de olho nas eleições de 2026.
Nos apartes, parlamentares ressaltaram a relevância da atuação de Buzetti. O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) disse que ela foi “um grande exemplo de iniciativa, criatividade e coragem” e que “Mato Grosso merece ter um representante como a senhora no Parlamento”.
A senadora Professora Dorinha Seabra (União-TO) afirmou que Buzetti deixa “leis aprovadas que vão mudar a história do país”. O senador Sergio Moro (União-PR) destacou a “firmeza da posição feminina” em pautas de segurança pública, enquanto Ciro Nogueira (PP-PI) afirmou que poucas vezes viu “um parlamentar trabalhar tanto nas comissões e no plenário”.
Em tom de despedida, a senadora Damares Alves (Republicanos-DF) declarou que pretende pedir votos para a colega em 2026: “Essa casa não é a mesma sem você. Daqui um ano e meio eu vou lá pro teu estado, de rua em rua, pedir voto, porque você precisa voltar”. Já a senadora Tereza Cristina (PP-MS) disse esperar seu retorno ao Senado.
Outros senadores também registraram apoio e reconhecimento, como Magno Malta (PL-ES), que afirmou que o Brasil precisa, em 2026, de políticos com “coragem, caráter e determinação”.
Margareth Buzetti deixa o Senado após quase dois anos de mandato, com a promessa de manter atuação ativa em Mato Grosso e de se preparar para um novo ciclo político.
