O presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), desembargador José Zuquim Nogueira, afirmou nesta quinta-feira (2) que o ambiente interno da Corte está em “paz e harmonia”. Questionado sobre episódios recentes que mancharam a imagem do Tribunal, ele disse que houve um momento de necessidade de diálogo, mas que a normalidade foi restabelecida. As declarações ocorrem após uma série de episódios polêmicos envolvendo a presidência. Nos últimos meses, Zuquim foi pressionado por desembargadores a rever decisões administrativas, como a presença de sua filha no gabinete, a substituição do juiz auxiliar da presidência e a proposta de extinção do cargo de diretor-geral. Ele admitiu erros na condução da gestão e acatou as mudanças sugeridas pelo colegiado. A crise se intensificou após protestos de magistrados, que esvaziaram sessões do Órgão Especial e do Pleno em resposta ao estilo de condução do presidente, considerado unilateral. Zuquim chegou a anunciar que acionaria o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) contra os faltosos, mas recuou. Outro ponto de atrito foi a decisão de recalcular adicionais retroativos a servidores, medida que poderia gerar impacto bilionário e contrariava determinação do CNJ. A gestão também foi criticada pela forma como tratou a Operação Sepulcro Caiado, que apurou desvios de R$ 20 milhões da Conta Única do TJMT e resultou em afastamento de servidores, somada ainda ao recente caso de um policial que usou seu nome para entregar um envelope contendo R$ 10 mil na sede da Corte.
