O líder do governo na Assembleia, Dilmar Dal Bosco (União), criticou a postura dos deputados federais de seu partido, afirmando que falta sensibilidade para abrir espaço aos suplentes.
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Segundo ele, os deputados estão “apegados ao cargo” e essa atitude gera desprestígio dentro da sigla, além de dificultar a montagem das chapas para as eleições de 2026.
“Ontem eu falei com o Fábio Garcia lá na Casa Civil, que nós tivemos uma reunião falando dessas
composições partidárias. Estava o deputado Max, estava o deputado Carlos Avallone, e a hora que o presidente saiu e o Avallone, eu falei para o Fábio Garcia que teria que ter uma conversa aí, ele pelo menos, então, com o governador, chamar tanto o coronel Assis como também a Gisela Simona para abrir vaga”, afirmou.
Dilmar lembrou que o rodízio de cadeiras é uma prática comum no Legislativo estadual e deveria ser adotada também pelos federais.
“Antônio Bosaipo, por exemplo, foi um cara muito leal a nós, ajudou na eleição dos deputados federais. Eu acho que seria ideal abrir. Um exemplo está aí, o segundo suplente do Senado, o doutor Zé Lacerda, que assumiu hoje lá no Senado Federal. Eu acho que nós deveríamos fazer aqui dentro da Assembleia, todos nós fizemos o rodízio. Então, nós aqui fizemos a nossa parte, do que tem que fazer a Federal”, comparou.
Segundo Dilmar, apenas a suplente Gisela Simona conseguiu assumir a cadeira de Fábio Garcia, atual chefe da Casa Civil, desde o fim da eleição de 2022. Já o deputado federal Coronel Assis até agora não cedeu espaço.
“É aí que é difícil, né? Porque a Gisela está deputada porque o Fabinho está como secretário-chefe da Casa Civil, senão seria suplente. Então, eu acho que seria muito importante, até porque, para você fazer uma chapa agora de deputado federal, tem que estar na ponta da caneta ali, ou pelo menos avaliado se vai ter, caso eleito um, dois ou três, vai ter o rodízio para quem participar também da chapa”, criticou.
Dilmar ainda apontou que os suplentes se sentem traídos pela falta de espaço.
“O suplente reclama, claro que reclama, porque fizeram parte, ninguém elege sozinho. Aqui poucas pessoas conseguem chegar a um coeficiente. Nenhum federal eleito do Mato Grosso teve coeficiente sozinho para eleger deputado federal”, disparou.