O vice-presidente da Comissão de Infraestrutura da Assembleia Legislativa, deputado Júlio Campos (União), afirmou que o colegiado deveria ser muito mais atuante na fiscalização das grandes obras em andamento no Estado, especialmente as do BRT em Cuiabá e Várzea Grande.

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A declaração contrasta com o posicionamento do presidente da comissão, Valmir Moretto (Republicanos), que recentemente afirmou que o grupo “sempre acompanhou” os avanços do modal.

Segundo Júlio, em dois anos de execução das obras, a comissão nunca visitou o canteiro do BRT, nem as obras dos hospitais Central e Júlio Müller, ambos em Cuiabá.

“Eu acho de vital importância, porque é uma comissão que deveria estar mais atuante, com certeza. Nós temos um volume de obras muito expressivas em Mato Grosso, não só na baixada cuiabana, como também no interior. Mas, realmente, nós fizemos uma ou duas inspeções técnicas”, disse.

Ele relatou que, além de poucas inspeções, a comissão apenas recebeu explicações do presidente da MTPar sobre o Parque Novo Mato Grosso, sem visitas presenciais.

“Nós não estivemos lá pessoalmente, como também não visitamos o BRT do Cuiabá, não visitamos as obras dos hospitais que estão sendo construídos. Eu acredito que agora está na hora da comissão de infraestrutura e da comissão Fiscaliza Mato Grosso serem mais atuantes”, cobrou.

Júlio lamentou ainda a falta de frequência das reuniões e convocações para acompanhar as obras e defendeu uma atuação mais efetiva do colegiado.

“Como membro dessa comissão, fui apenas duas ou três vezes convidado para missões de fiscalização. Eu lamento profundamente. Espero que, a partir de agora, funcione para valer essa comissão do Fiscaliza Mato Grosso”, completou.

A fala do deputado ocorre após Moretto anunciar que a comissão pretende convocar representantes do consórcio responsável pelo BRT para esclarecer os motivos dos atrasos na obra, que se arrasta há dois anos.