O relatório final da CPI dos Estacionamentos Rotativos da Câmara de Cuiabá aponta que o contrato assinado pelo ex-prefeito Emanuel Pinheiro com o Consórcio CS Mobi Cuiabá pode gerar um prejuízo de até R$ 1,6 bilhão ao município ao longo de 30 anos. Segundo a comissão, “contraprestações mensais de R$ 1.113.703,50, totalizando R$ 654.974.073,00 ao longo dos 30 anos, que corrigido o valor pelo IPCA, conforme cláusula contratual, pode chegar a R$ 1,6 bilhão”. O relatório ainda destaca que o acordo não prevê o compartilhamento das receitas acessórias futuras, estimadas em cerca de R$ 976 mil mensais, e estabelece uma multa rescisória desproporcional que pode alcançar R$ 135 milhões. Conforme aponta a CPI, “estas cláusulas causam prejuízo ao erário municipal estimado em centenas de milhões de reais ao longo da vigência contratual”. Para efeito de comparação, o valor integral do contrato poderia ser utilizado para implementar um Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) em Cuiabá, projeto que foi arquivado pelo governador Mauro Mendes (União) e substituído pelo BRT, cujo custo previsto é de R$ 1,2 bilhão. A comissão recomenda que a atual administração municipal faça uma avaliação detalhada do contrato, considerando repactuação ou rescisão, para evitar impactos financeiros significativos à cidade.
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