Dados do Serviço de Atendimento Especializado (SAE) de Lucas do Rio Verde revelam aumento de 8% no número de casos de HIV, somente em 2025. De janeiro a setembro foram 34 novos casos, o que acendeu o alerta da Secretaria Municipal de Saúde. Atualmente, 463 pacientes são acompanhados pela rede municipal. A médica responsável pelo SAE, Dra. Gabriela Porazzi, ressalta a importância do diagnóstico precoce para iniciar o tratamento, disponível no Sistema Único de Saúde (SUS), e evitar a transmissão do vírus.

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“O diagnóstico precoce e o tratamento evitam as complicações da doença e a pessoa infectada, sabendo do vírus, tem o dever de usar o preservativo e evitar todas as formas de transmissão”, destaca a médica.

Somente em 2023, segundo o Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde, foram registrados 46.495 novos casos de HIV, aumento de 4.5% em relação a 2022. Atualmente, um milhão de pessoas vivem com o vírus no Brasil.

Os testes rápidos, disponíveis em todas as unidades de saúde e SAE, são a forma mais simples de detectar o vírus. Além do HIV, também detecta outras Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs).

De acordo com a médica, o ideal é que todas as pessoas com vida sexual ativa, independente de serem casados ou não, realizem os testes rápidos, pelo menos uma vez ao ano.

“São apenas algumas gotas de sangue, que são colocadas em contato com o reagente. O resultado sai em poucos minutos. No caso do HIV, se der positivo, o teste é refeito e o paciente é encaminhado para exame de sangue”.

HIV x Aids

O HIV (Vírus da Imunodeficiência Humana) é um vírus que ataca o sistema imunológico, responsável por proteger o corpo contra doenças. Ele é transmitido por meio de relações sexuais sem proteção, compartilhamento de agulhas e seringas, transfusão de sangue e da mãe infectada para o filho, durante a gravidez, parto e amamentação. Quando o vírus não é tratado, ele pode evoluir para a Aids (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida), que representa o estágio mais avançado da infecção pelo HIV.

Tratamento

O HIV/Aids não tem cura, mas existe tratamento eficaz, disponível gratuitamente no SUS. Atualmente, os pacientes tomam dois comprimidos diariamente.

Com o uso permanente dos medicamentos, a carga viral reduz e as células responsáveis pela imunidade aumentam. Com uma carga muito baixa, o vírus pode se tornar indetectável, não sendo transmitido até mesmo em relações sexuais.

Prep e PEP

São medicamentos que visam prevenir e evitar a contaminação com o vírus:

Prep (Profilaxia Pré-Exposição), comprimido que deve ser tomado diariamente, com o objetivo de evitar a contaminação. Indicado para pessoas com risco de contrair o vírus.

PEP (Profilaxia Pós-Exposição) é uma medida de emergência, utilizada após um evento de risco, como sexo desprotegido. O tratamento deve ser iniciado nas 72 horas após a exposição e dura em média 28 dias.