Médicos da rede pública de saúde de Cuiabá aprovaram, nesta segunda-feira (13), estado de greve. Isso significa que a qualquer momento pode-se fazer uma assembleia geral para votar se a categoria vai fazer greve ou não. A decisão veio após a Prefeitura decidir cortar o adicional de insalubridade, conforme lei municipal, que vincula o cálculo ao salário base inicial da carreira (A1) já neste mês, mesmo com o Ministério Público Estadual tendo concedido o prazo até o fim de 2025 para corrigir pagamentos irregulares na Secretaria Municipal de Saúde.
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A aprovação ocorreu em assembleia geral realizada ontem (13). Conforme esclarecido pela assessoria do Sindimed, a categoria ainda está em negociações com o Município. Após o encerramento das negociações deve ser realizada uma nova assembleia geral e, então, será votado o indicativo de greve.
"Vamos participar de todas as reuniões e da audiência pública que haverá na Câmara dia 20 de outubro, para chegarmos a uma solução", disse Adeíldo Lucena, presidente do Sindimed-MT.
Os médicos só podem entrar em greve a partir do momento em que comunicam os órgãos oficiais que haverá a paralisação a partir de determinada data. Na assembleia de ontem, a categoria decidiu entrar em assembleia permanente.
“A Assembleia Permanente é importante porque dispensa os prazos regulamentares para convocação de uma assembleia. Dessa forma, podemos nos reunir em assembleia a qualquer momento. O estado de assembleia permanente é importante justamente pelo indicativo de greve. Como o prefeito reabriu as negociações a categoria optou por não iniciar uma greve, mas podemos nos reunir a qualquer momento e anunciar uma greve, que somente acontecerá quando estiverem esgotadas todas as possibilidades de negociação. Veja bem que isso só depende do prefeito. Está nas mãos do prefeito. A responsabilidade é única e exclusivamente dele. Os Sindicatos não estão pedindo nenhum absurdo, tanto que o Ministério Publico, vereadores, Conselho Municipal de Saúde, as entidades sindicais são favoráveis à dilação do prazo, estando o prefeito no lado oposto esticando a corda e dificultando as negociações”, disse Adeíldo Lucena ao Olhar Direto.
Também foi aprovada uma nova assembleia no dia 21 de outubro, às 19h, após o fechamento da folha de pagamento.