A empresa Canaã Recicláveis, que foi destruída por um incêndio que durou da noite desta segunda-feira (13) até a manhã de hoje (14), estava funcionando sem alvará. De acordo com o Corpo de Bombeiros, o combate já dura cerca de 12 horas e o rescaldo, assim como a extinção de pequenos focos que ainda persistem, deve durar o resto do dia.
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À imprensa o coronel Heitor, do Corpo de Bombeiros, disse que as equipes foram acionadas por volta das 20h50 de ontem (13). Quando chegaram ao local as chamas já estavam altas. Os militares passaram a madrugada combatendo o incêndio, sendo que 31 bombeiros chegaram a atuar. Já foram utilizados mais de 200 mil litros de água.
“Já é uma situação bem controlada, apesar do impacto, da imagem das chamas, já é uma situação bem controlada, sem risco de passar para nenhuma edificação”, disse o coronel.
Não houve vítimas e os bombeiros esclareceram que o fogo não se espalhou para outras edificações. A empresa providenciou um maquinário para auxiliar os bombeiros na remoção dos entulhos, para que os focos que ainda persistem possam ser apagados.
“Toda vez que a gente retira os entulhos, a tendência é que esse foco que está escondido acenda e a gente tenha uma chama um pouco maior, então é difícil precisar [quanto tempo ainda vai levar], mas eu acredito que a gente deve passar aqui o dia todo, na fase de rescaldo e combatendo esses últimos focos”.
De acordo com os bombeiros, as causas do incêndio devem ser apuradas pela Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec).
“Visualmente, não existe um indício plausível de incêndio criminoso, mas toda vez que tem um incêndio grande, dessa proporção, a gente aciona a Polícia Civil, que por sua vez aciona a perícia, a Politec, para saber as causas”, explicou o militar.
Segundo o coronel Heitor, a empresa tem o projeto aprovado desde 2007 e já obteve alvará do Corpo de Bombeiros várias vezes. Contudo, estava no processo de renovação e operava sem o documento.
“Ocorre que no processo de renovação, a nossa vistoria foi feita no dia 14 de agosto aqui, foi [apontado] que teve um acréscimo de área e precisava atualizar o projeto junto ao 1º Batalhão, e tinha outros detalhes, de placa de sinalização e um corrimão de uma das escadas. Então, nenhum dos preventivos relacionados ao combate a incêndio estava prejudicado, mas legalmente o alvará, de fato, estava vencido”, disse.