O deputado estadual Gilberto Cattani (PL) afirmou que o aumento dos casos de feminicídio em Mato Grosso está relacionado à “sexualização precoce das crianças” e à “desestruturação das famílias”. A declaração foi dada durante entrevista ao PodOlhar, videocast do Olhar Direto, já disponível no YouTube e nas principais plataformas de áudio.
Cattani, que preside a Comissão Especial de Defesa dos Direitos da Mulher na Assembleia Legislativa, disse que políticas públicas de prevenção devem olhar “para dentro das famílias” e “para o que está sendo ensinado às crianças”. O parlamentar afirmou que “oferecer camisinha a meninas de 11 anos” seria um exemplo de incentivo à prática sexual precoce, que, segundo ele, “banaliza valores familiares e compromete o futuro das relações”.
“Quando se dá uma camisinha para uma menina, você está incentivando ela a fazer sexo. Isso está sexualizando nossas crianças precocemente. E isso desestrutura a família. Lá na frente, vai ter consequências - e não só o feminicídio”, declarou.
Durante a conversa, Cattani também afirmou que o feminicídio tem origem na falta de estrutura familiar e defendeu um papel mais ativo da educação na “formação moral” das crianças. Para o deputado, a ausência de limites e valores religiosos no ambiente doméstico e escolar cria um contexto de vulnerabilidade que “afeta tanto homens quanto mulheres”.
“Nós temos que ensinar desde cedo o respeito e o amor entre homem e mulher. Quando a família é estruturada, nada consegue abalar. Quando ela se desfaz, o risco de tragédias aumenta”, completou.
O parlamentar falou ainda sobre o assassinato da filha, Raquel Cattani, morta em 2024 durante o processo de separação do ex-marido, que é acusado de ser o mandante do crime. Cattani disse que o caso o levou a propor um projeto de lei que reconhece o direito de mulheres com medidas protetivas buscarem o porte de arma.
“Eu tenho certeza de que, se ela tivesse uma arma, não estaria morta. É um direito de defesa. Não é dar arma, é reconhecer a necessidade de quem corre risco”, afirmou.
Ao longo do episódio, Cattani também falou sobre sua trajetória política, o apoio a Jair Bolsonaro, divergências com o governador Mauro Mendes (União), e defendeu anistia ampla para os condenados pelos atos de 8 de Janeiro. O deputado reafirmou que o ex-presidente é vítima de perseguição e defendeu o nome de Eduardo Bolsonaro para representar o bolsonarismo em 2026, caso o pai continue inelegível.
Onde assistir e ouvir?
O episódio do PodOlhar está na íntegra no canal do videocast no Youtube (assine aqui) e em forma de áudio nas principais plataformas de podcast, como Spotify, Deezer e Apple Podcast – onde você pode assinar e conferir todos os episódios de forma gratuita.
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