O vice-governador Otaviano Pivetta (Republicanos) comentou nesta quarta-feira (15) sobre a visita feita em Curitiba para conhecer em primeira mão o Bonde Urbano Digital (BUD), o primeiro sistema do tipo na América do Sul. A visita, segundo ele, foi um pedido do governador Mauro Mendes (UNIÃO). Ele foi recebido pelo governador do Paraná, Ratinho Jr. (PSD), que apresentou o projeto.
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“Nós fomos para Curitiba a pedido do governador Mauro Mendes. Nós fizemos uma visita muito importante lá, que nos abriu muitos horizontes. E o governador vai anunciar, em breve, o que vai ser feito”, disse.
A visita foi feita acompanhada do secretário de Fazenda, Rogério Gallo, e do secretário de Infraestrutura, Marcelo Oliveira.
Perguntado se existe a possibilidade de implantar o modal do Paraná no lugar do BRT, Pivetta disse que Mauro “vai anunciar quando for conveniente” e “quando estiver decidida alguma coisa”.
“Nós só fizemos uma visita técnica, trouxemos as informações e é isso que eu posso falar por hora”. Ele também negou ter feito conversas políticas, já que Ratinho também é um dos governadores de direita aliado a Mendes.
O interesse pelo BUD já havia sido mencionado anteriormente pelo prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), no mês passado. Na ocasião, Brunini afirmou que poderia sugerir ao governador Mauro Mendes (UNIÃO) a adoção deste mesmo modal para a capital mato-grossense, indicando que a tecnologia pode ser uma solução para o transporte urbano em outras cidades brasileiras.
Apresentado em setembro pelo Governo do Paraná, o Bonde Urbano Digital é fruto de um investimento da Agência de Assuntos Metropolitanos do Paraná (Amep). O sistema utiliza tecnologia chinesa de transporte coletivo sem trilhos, desenvolvida pela empresa CRRC Nanjing Puzhen, e combina inovação, sofisticação, sustentabilidade e baixo custo operacional.
Diferentemente dos VLTs, movidos sobre trilhos, ou dos ônibus elétricos convencionais, o BUD opera sobre o asfalto com pneus de borracha e é guiado por um sistema de “trilhos virtuais”, com marcações digitais e sensores de alta precisão que definem o caminho a ser seguido.
Essa tecnologia emprega recursos como detecção ferroviária, controle coordenado de eixo e rastreamento automático, garantindo segurança e precisão mesmo sob chuva, vibrações ou desgaste da pista.