O deputado federal Nelson Barbudo (PL-MT) conseguiu autorização da Mesa Diretora da Câmara dos Deputados para participar, de forma remota (por meio de aplicativo), da votação que suspendeu a ação penal contra o deputado Gustavo Gayer (PL-GO), em tramitação no Supremo Tribunal Federal (STF). O voto, dado nesta quarta-feira (15), ocorreu enquanto
o parlamentar mato-grossense segue em tratamento quimioterápico contra um câncer. O gesto foi reconhecido pelo colega de bancada José Medeiros (PL), que destacou o esforço de Barbudo “mesmo do hospital” para garantir o voto favorável à sustação do processo. A proposta foi aprovada por 268 votos a favor e 167 contrários. A participação do parlamentar ocorreu após dias de afastamento das atividades legislativas. No dia 1º de outubro,
Barbudo esteve ausente da votação que ampliou a faixa de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil. No dia seguinte, revelou nas redes sociais que havia passado por cirurgia para retirada de um tumor no intestino e que segue em tratamento com quimioterapia. A assessoria do parlamentar reforçou que ele continua com atestado médico e que ato da Mesa (nº 123/2020) e resolução (nº 14/2020) permitem que parlamentares em situações excepcionais, como por motivos de saúde, possam votar remotamente por meio do Sistema de Deliberação Remota (SDR), desde que estejam em condições de fazê-lo. "No caso do deputado, ele pode votar de forma remota conforme seu estado de saúde no momento da votação. Ontem, o deputado se sentia bem e disposto, o que possibilitou sua participação e o registro do voto. As condições de saúde do parlamentar são avaliadas continuamente, e sua participação depende exclusivamente de sua capacidade física no dia da deliberação".
Atualizada às 10h12min.