A ação que pede a
indisponibilidade de bens de Eder Moraes, ex-secretário extraordinário da Copa do Mundo (Secopa – extinta Agecopa), já está no gabinete do juiz Aparecido Bertolucci Júnior, da Vara Especializada de Ação Civil Pública e Popular, para iniciação da análise do ajuizamento solicitado pelo promotor Clóvis de Almeida.
Os volumes começaram a ser carimbados na secretaria pela escrivã responsável ainda na quinta-feira (12) e finalizados no mesmo dia, sendo posteriormente encaminhados ao gabinete do juiz. Agora, com os volumes dos autos em mãos, Bertolucci tem prazo de dez dias para realizar o despacho inicial do processo, contudo, a expectativa é de que a petição seja expedida em um prazo de 48 horas.
Além de Eder Moraes, constam ainda para as mesmas solicitações judiciais o ex-diretor de planejamento da Agecopa, Yênes Magalhães, o ex-secretário adjunto de projetos especiais da instituição, Jefferson Carlos de Castro Ferreira Júnior, além dos donos da empresa Global Tech – que disponibilizou a tecnologia russa para os Land Rovers.
Ao
Olhar Direto, o ex-gestor afirmou que a
propositura do Ministério Público Estadual é um atropelo aos andamentos jurídicos das investigações e um “exagero” que macula a sua imagem com algo que, por ele, ainda é considerado prematuro. Até o final da manhã desta quinta-feira (12), Moraes ainda não havia sido notificado sobre a ação.
O órgão argumenta que o
Estado tem de ser ressarcido em R$ 2,1 milhões pelo pagamento indevido à Global Tech num contrato que seria fechado em R$ 14 milhões. No entanto, a continuação do contrato foi suspensa após divulgação do relatório do Tribunal de Contas do Estado que questionou a competência da empresa.