O Ministério Público Federal (MPF) ofereceu denuncia contra o advogado Leonardo Moro Bassil Dower por co-participação na trama urdida pelo delegado de polícia Marcio Pieroni e pelo lobista e empresário Josino Guimarães com o objetivo de tentar provar que o juiz Leopoldino Marques do Amaral estaria vivo.
TRF determina retorno de Pieroni ao cargo de delegado da Polícia Civil
Justiça ouve magistrados em processo contra delegado Pieroni
De acordo com o Ministério Público Federal, o motivo da ação penal contra Leonardo Moro Bassil Dower é “recusa, retardamento ou omissão de dados técnicos indispensáveis a propositura de ação civil pública”. A denúncia foi feita no último dia 17 de julho e o processo está na 7ª Vara Federal.
Para ajudar Josino, Pieroni, segundo o MPF, instaurou uma investigação falsa para provar que Leopoldino não havia sido assassinado. Ele foi preso e perdeu o cargo de delegado. Porém, Josino foi absolvido no ano passado e Pieroni foi solto dois dias depois. De acordo com denúncia, Leonardo Moro Bassil Dower ajudou na fraude.
Outro lado
Até o momento da publicação da matéria, a reportagem tentou contatar o advogado pelo telefone fornecido pela Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso, no entanto o advogado não atendeu e não retornou as ligações
Em maio deste ano, o Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) determinou o retorno do delegado Márcio Pieroni às suas funções na Polícia Civil de Mato Grosso. O delegado fora afastado por força de uma ação civil pública.
Josino Guimarães foi preso no município de Rondonópolis (212 km ao Sul de Cuiabá), após o juiz da 7ª Vara Federal de Cuiabá, Paulo Cézar Alves Sodré, acatar dois pedidos de prisão propostos pelo Ministério Público Federal.
Antes de ter sido encontrado morto, Leopoldino acusou o empresário de fazer corretagem de sentença para magistrados. Neste caso, a Justiça decidiu que Josino deve ir a Júri Popular. No entanto, o julgamento ainda não aconteceu em função de o empresário ter recorrido da decisão.
Também foram denunciados o irmão de Josino, Cloves Luiz Guimarães, Gardel Tadeu Ferreira de Lima, chefe do setor de desaparecidos da Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) e o detento Abadia Paes Proença.