Foram presos na operação: João Nassif Massufero Izar, Valdelírio Krug, Viviane Menegazzi, David dos Santos Nascimento, Danilo Pereira Lima, Cassiane Reis Mercadante, e Rodrigo Calça.
Estão foragidos: Sandoval de Almeida Júnior, Ângelo Markosi da Cunha e Mauri Moreira da Silva.
Conforme apurado pela Polícia Civil, João Nassif seria o líder da quadrilha e agia em diversas frentes, especialmente na receptação qualificada de defensivos agrícolas e de cargas de grãos roubados. Em 2019, ele foi condenado por contrabando de agrotóxicos.
A investigação também chegou ao professor da rede básica de ensino, David Nascimento. Na declaração dele à Receita Federal, o rendimento bruto chegava a quase R$ 10 mil mensais. No entanto, em nome do professor constatou que, no período de 38 meses ele, teve creditado em suas contas bancárias a quantia de R$ 6.679.267,51.
Da esquerda para direita, líder da associação, João Nassif e professor David Nascimento.
Ou seja, o rendimento mensal real seria de, aproximadamente, R$ 175 mil, o que foi comprovado que era oriundo de diversas fontes ilícitas, sendo uma delas o comércio ilegal de defensivos agrícolas roubados.
Já Danilo Pereira trabalhava em uma farmácia e tinha um rendimento mensal do salário de R$ 2, 4 mil. Porém, ele movimentou em suas contas bancárias a quantia de R$ 1, 446.857,12 milhão e reside em um imóvel no valor de R$ 500 mil.
A movimentação de ambos profissionais é de aproximadamente R$ 8,1 milhões.
Investigação
A apuração realizada pela Delegacia de Sorriso identificou que a associação criminosa armada agia em diversas frentes, especialmente na receptação qualificada de defensivos agrícolas e de cargas de grãos roubados.
Apurou ainda que os defensivos agrícolas eram comprados de associações criminosas especializadas neste tipo de atividade criminosa, depois, eram revendidos a outros receptadores, que figuravam como “consumidores finais”.
De acordo com a Polícia Civil, a Concessionária V.Motors Veículos era usada para lavar de dinheiro. Outra atividade utilizada pelo grupo criminoso para diluir o dinheiro era a compra e venda de joias.
O pequeno volume e alto valor de joias, relógios e diamantes tornaram atrativa a atividade para esquentar seus ativos. Um dos integrantes da quadrilha fazia, periodicamente, a oferta de joias para venda, especificamente para traficantes.
Logo, além do dinheiro faturado pela empresa ser de origem ilícita, ainda existe uma diferença entre faturamento e movimentação financeira no montante de R$ 55 milhões.
Nos 38 meses de atuação da associação criminosa, a Polícia Civil apurou que o patrimônio dos investigados, adquirido com valores lavados nas atividades ilícitas ultrapassou R$ 70 milhões.
Os mandados foram cumpridos nas cidades de Sorriso, Nova Canaã do Norte, Cuiabá e em Toledo (PR).
A Operação Xeque Mate tem a participação de equipes da Delegacia Regional de Sinop, Delegacia Regional de Nova Muti, Diretoria Metropolitana e Diretoria de Atividades Especiais da Polícia Civil.