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Notícias / Economia

Vendas no Tesouro Direto somam R$ 1,56 bi em 2008

AE

As vendas de títulos públicos para pessoa física no programa Tesouro Direto totalizaram R$ 1,56 bilhão em 2008, de acordo com dados divulgados hoje pelo Tesouro Nacional. O montante foi 102,1% superior ao vendido em 2007 e o maior desde 2003. No ano passado, cadastraram-se no programa 42,9 mil novos investidores, o que elevou em 41,7% o estoque de pessoas inscritas desde sua criação, em janeiro de 2002.

Em um ano marcado pelo processo de elevação da taxa básica de juros pelo BC e por uma forte alta nas taxas do mercado por conta da crise financeira internacional nos meses de setembro a novembro, os papéis prefixados foram os preferidos dos investidores, com 45,9% das vendas do ano, seguidos dos papéis atrelados ao IPCA - 37,7% das vendas.

O destaque das vendas foi a LTN, papel prefixado de prazo menor e que não paga juros semestralmente (sem cupom de juros), que representou 30,27% do total vendido em 2008.

A média de vendas do Tesouro Direto no ano passado foi de R$ 129,8 milhões mensais. Mas de outubro a dezembro, com a alta nas taxas de mercado por conta da crise internacional, as vendas foram acima da média, especialmente em outubro (R$ 259,1 milhões) e novembro (R$ 180 milhões). Em dezembro, foram vendidos R$ 160,8 milhões.

Segundo o Tesouro, as aplicações de até R$ 5 mil representaram 63,6% das vendas em 2008. Destaque para as emissões com valores de até R$ 1 mil, que representaram 27,6% do total.

O papel com maior rentabilidade bruta dentro do Tesouro Direto no ano passado foi a NTN-C, título atrelado ao Índice Geral de Preços de Mercado (IGP-M) e que não é mais vendido pelo Tesouro. O ganho para os detentores desses papéis foi de 15,4%. A NTN-F de 2011, papel prefixado de longo prazo e com cupom semestral de juros, apareceu na sequência, com rendimentos de 14,2% no período.

O estoque de títulos vendidos no Tesouro Direto é de R$ 2,46 bilhões, volume 72% superior ao verificado em 2007. Os papéis vinculados à inflação representaram 42,24% do total, seguidos dos prefixados, com 38,26%, e dos atrelados à Selic, com 19,50%.
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