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Marvin Gaye, príncipe do soul, completaria hoje 70 anos

AE

Um tiro no peito, desferido pelo próprio pai, calou a grande voz de Marvin Gaye numa data tragicamente irônica, 1º de abril de 1984, um dia antes de ele completar 45 anos. Hoje se completam sete décadas de seu nascimento - um bom motivo para se falar de sua importância e voltar a ouvi-lo. Nenhuma edição especial de sua obra foi planejada para celebrar a data. Não é preciso. Pelo menos em seu país de origem, Estados Unidos, seu legado está bem conservado. Três de seus principais álbuns, What’s Going on (1971), Let’s Get it on (1973) e I Want You (1976) ganharam edições de luxo em 2003, com faixas extras.

No Brasil, além desses álbuns importados, suas canções estão disponíveis apenas em coletâneas em CD. Uma delas é o álbum triplo Motown 50 (Universal), que celebra o cinquentenário da lendária gravadora de Detroit, que fez Marvin, Michael Jackson, Stevie Wonder, Diana Ross, Smokey Robinson, The Temptations e vários outros ícones da soul music ganharem o planeta.

Há também dois DVDs em edição nacional sobre Marvin. Um deles é o bom documentário What’s Going on - The Life & Death of Marvin Gaye (ST2 Video). O outro é Marvin Gaye - The Real Thing in Performance 1964-1981 (Universal). Como está explícito no título, trata-se de uma compilação de apresentações do cantor em programas de televisão americanos e europeus. Como bônus, um show de 50 minutos registrado na Bélgica em 1981, 11 faixas com a voz de Marvin e um encarte com fotos e perfil biográfico em inglês. Acompanha o DVD um CD ao vivo, do show da turnê europeia de 1976. Alguns dos clássicos estão ali: Let’s Get it on, What’s Going on, I Heard it Through the Grapevine, Ain’t no Mountain High Enough.

Quase duas décadas e meia depois de sua morte, é notável a influência de Marvin na música - não só negra, não apenas americana, não só sobre os cantores. Prince, Rick James, Janet Jackson, Maxwell, George Michael, Ben Harper, DeBarge, Mick Hucknall (do Simply Red), Neneh Cherry e uma legião de outros menos famosos reconhecem nele uma enérgica fonte de musicalidade. Marvin, por sua vez, foi influenciado por Rudy West, Clyde McPhatter, Little Willie John e Ray Charles. Sam Cooke era seu ídolo. É daí que provavelmente veio o apelido de “príncipe da soul music”, já que Ray era o rei. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo
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