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Piratas sequestram iate turístico e mantém sete reféns na Somália

Folha Online

Um grupo de piratas, supostamente somalis, sequestraram um iate com sete tripulantes a bordo enquanto navegava perto das ilhas Seychelles, no Oceano Índico, informou nesta quinta-feira a ONG Ecoterra, com sede em Nairóbi. No ataque ocorrido nesta quarta-feira (1º), na costa da África, o iate estava ocupado por dezenas de turistas, que foram liberados pelos piratas. Os marginais sequestraram os sete membros da tripulação e fugiram.

"É a primeira-vez que isso ocorre e obviamente ficamos em choque. Foi uma alívio saber que nenhum dos turistas foi levado, mas estamos muito aflitos em saber que a nossa tripulação está em poder dos piratas", disse Kirk Green, diretor de uma base de operação britânica, que afirmou que toda a tripulação é das ilhas Seychelles.

Green afirmou que a Marinha britânica se comunicou por e-mail para avisar do sequestro. De acordo com as autoridades, a expectativa é que os reféns tenham sido levados para Harardhere, uma região de concentração de piratas ao norte de Mogadíscio.

De acordo com as autoridades, os reféns são mergulhadores, pescadores e guias turísticos que estavam na excursão. A maioria dos turistas era britânico e o iate transporta 14 pessoas, incluindo os membros da tripulação.

"Não se trata de uma embarcação que transporta centenas de pessoas ao redor do mundo e vale muito dinheiro", argumenta Green que lamenta que os piratas tenham escolhido o iate como alvo de mais uma ação. A região da costa da Somália, em especial o golfo do Áden, tem sido atacada constantemente por piratas que concentram esforços em sequestros envolvendo cargueiros e navios petroleiros.

O ministro de Assuntos Exteriores de Seychelles, Patrick Pillay, afirmou que o governo entrou em contato com "forças navais da região para localizar o navio e libertar os sequestrados".

Navios das Marinhas de diversos países patrulham as águas da Somália e do golfo de Áden, que dá acesso ao Mar Vermelho e ao Canal de Suez, para tentar evitar as ações de piratas somalis, que transformaram a área, uma das mais transitadas por navios comerciais, em uma das mais perigosas do planeta.

Com os últimos sequestros e libertações, ainda há 12 navios estrangeiros com ao menos 219 tripulantes --96 deles filipinos-- que continuam sob poder de piratas somalis, informou a Ecoterra.

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