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Presídios de MT estão operando como escola do crime, afirma Lessa

Da Redação - Julia Munhoz

Os dados referentes a população carcerária de Mato Grosso expõem ainda mais a fragilidade do sistema prisional e demonstram a necessidade de se buscar medidas que solucionem a problemática o mais rápido possível. Atualmente 12 mil pessoas ocupam presídios e penitenciárias mato-grossenses, onde a capacidade é de apenas 5.700, em condições de extrema precáriedade.

De acordo com o secretário de Justiça e Direitos Humanos, Paulo Lessa, a realidade de Mato Grosso revela um ‘número dramático’ de detentos dividindo, não metro quadrados, mas sim centímetros quadrados.

“É uma situação precária, que mostra o declínio da auto-estima e da possibilidade de ressocialização do preso. Os presídios estão operando muitas vezes como escola do crime”, afirmou o secretário, na manhã de hoje durante a instalação do Grupo de Monitoramento.

O secretário pontua que a precariedade do sistema revela a incapacidade de atender a população carcerária. Atualmente um preso custa em média para o Estado cerca de R$ 800 reais/mês. Porém o valor necessário para se atender as condições mínimas de existência nas penitenciárias seria de R$ 1.600 mil, conforme levantamento feito pela secretaria.

Buscando alternativas para equacionar o problema, foi instalado na manhã desta sexta-feira (8) o Grupo de Monitoramento e Fiscaliza do Sistema Carcerário do Estado, que tem por objetivo implantar, manter e cumprir as metas do Projeto Começar de Novo. Além de ser responsável pelo fomento, coordenação e fiscalização dos projetos a serem implementados para promover a capacitação profissional e a inserção social dos reeducandos.

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