O empresário do ramo de hortifrutigranjeiro, Júlio Uemura, acusado de chefiar uma quadrilha especializada em dar golpes financeiros em Mato Grosso, vai voltar para a prisão. O Tribunal de Justiça acatou nesta segunda feira o pedido de Ministério Público para a cassação do direito de prisão domiciliar, a qual Uemura cumpre desde março, em um luxuoso apartamento no bairro Santa Rosa, em Cuiabá. Ele será encaminhado para a Polinter.

O empresário chegou a ser preso juntamente com outras sete pessoas, envolvidas no esquema , durante a operação “Gafanhoto”, deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), no dia quatro de março. No entanto, uma semana depois, Uemura conseguiu na justiça voltar para a casa. 

Ao todo 23 pessoas foram denunciadas, entre elas, o ex-deputado estadual Walter Rabello, por tráfico de influência. Ele teve Uemura como um dos financiadores de campanha. A quadrilha realizava golpes com a de criação de empresas fantasmas para compra de produtos hortifrutigranjeiros e chegaram a aplicar golpes de R$200 mil na praça. Somente o empresário conseguiu tiça a prisão domiciliar.

Na lista estão policiais civis, investigadores, contadores, e até um advogado de São Paulo acusado de participar do esquema com informações privilegiadas. As empresas de Júlio Uemura estão espalhadas pela Grande Cuiabá. A equipe de reportagem tentou falar com o advogado de Uemura, mas ele não atendeu o celular.