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Pagot nega autorizar obra em BR após sua demissão do Dnit

De Brasília - Vinícius Tavares

O ex-diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Luiz Antonio Pagot, nega ser sua uma assinatura que consta de um termo aditivo da própria autarquia para obras de duplicação e restauração de um trecho de 8,6 quilômetros, na Serra de São Vicente.

De acordo com reportagem do jornal Estado de São Paulo desta terça-feira (16/8), o Diário Oficial da União (DOU) de ontem publicou informação de que Pagot teria assinado o termo aditivo no dia 9 deste mês, exatamente 15 dias depois de ele ter entregado, oficialmente, o cargo e anunciado que iria para a iniciativa privada.

Questionado sobre o Olhar Direto sobre o fato de ter assinado um documento mesmo não estando mais com o comando do Dnit, Pagot garantiu que a assinatura não é dele, o que é mais grave ainda.

"Isso aí é tudo mentira. Não assinei nada. O Diário Oficial da União também erra. Principalmente quem faz o Diário Oficial. Pergunte para o Nilton de Brito (superintendente demissionário do Dnit em Mato Grosso) se eu assinei alguma coisa", declarou, por telefone.

Procurado pela reportagem, o superintendente demissionário Nilton de Brito não atendeu às ligações para dar a sua versão sobre a denúncia. A obra, que mereceu o termo aditivo - cuja licitação foi vencida pela Construtora Delta -, teve o custo previsto de R$ 26,81 milhões. Foi contratada em 2009. O termo aditivo foi assinado mas para prorrogar o prazo de entrega.

As suspeitas de corrupção no setor de transportes, que levaram ao afastamento de 27 pessoas - entre elas Pagot e Alfredo Nascimento do Ministério dos Transportes -, fizeram com que o governo suspendesse as licitações e os termos aditivos logo depois do dia 4 de julho.

Atualizada às 15h18
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