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Revisionismo promove visão positiva de Stalin

AE

 As tentativas do presidente Dmitri Medvedev e do premiê Vladimir Putin de impulsionar o nacionalismo para recuperar o orgulho do povo russo começam a mostrar seus primeiros efeitos com o aumento da admiração pelo ditador soviético Josef Stalin (1924-1953). Mais de 50 anos após o fim de seu regime, Stalin é lembrado mais como o herói que transformou a Rússia em uma superpotência do que como o tirano responsável pela morte de milhões de pessoas.

“Nos últimos anos, o governo tem tentado reconstruir a imagem da Rússia como um Estado forte, livre da humilhação sofrida após a queda da União Soviética, e Stalin personifica todo o poder que o país tinha”, afirmou ao Estado, por telefone, a analista política Maria Lipman, do Instituto Carnegie Endowment para Paz Internacional, de Moscou. “A admiração por ele é quase natural na Rússia.”


No início do mês, defensores dos direitos humanos mostraram-se preocupados com a simpatia que a figura do ditador ainda desperta em muitos russos e chegaram a pedir um programa de “desestalinização” da Rússia. No fim do ano passado, em um concurso para escolher a figura histórica que mais bem representava a Rússia, Stalin recebeu 520 mil votos, conquistando o terceiro lugar da disputa
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