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Dono de restaurante é apontado pela Civil por planejar e financiar assaltos
De Rondonópolis - Débora Siqueira
O empresário Leandro Moraes Ferreira, 31 anos, dono do restaurante de culinária mineira Tropeito, em Rondonópis, e preso na Operação 'Cascalhinho', desencadeada nesta sexta-feira (03), é apontado pela Polícia Civil como o responsável pelo financiamento de assaltos na cidade com empréstimos de armas de fogo e a definição dos locais de assalto.
Leandro já havia sido agente prisional no estado de Minas Gerais e na casa dele foi encontrado algemas da polícia daquele estado, munições e diversos cartões de alimentação Visa-vale, com senha dos proprietários, além de inúmeros cartões de crédito.
Leandro e Sandrinalvo Santana Soares são suspeitos de liderar a organização criminosa. Foram presos ainda o falso advogado Gabriel Henrique Castro, Bruno Rodrigues da Silva Leonel, Edimar Gonçalves dos Santos, Jean Henrique Oliveira, uma pessoa identificada apenas como Gilvan, a filha de uma policial civil e esposa de Anny Karla Betti e a soldado da Polícia Militar Daniela de Oliveira, esposa de Gabriel.
Conforme o delegado Claudinei Lopes, da Delegacia de Roubos e Furtos (Derf), o falso advogado também se apresentava como policial civil e extorquia traficantes. Na casa dele também foi apreendido um colete do Gefron.
O assalto ocorrido na quarta-feira (1º) na agência dos Correios, em Poxoréu, teve o dedo da quadrilha. Um dos assaltantes morto pela Polícia Militar é Fábio Muniz, que seria preso nesta sexta-feira. Ele era marido de Anny Karla.
A Polícia Civil ainda não terminou de cumprir os 10 mandados de prisão e 10 de busca apreensão. Durante as ações de busca, mais pessoas foram presas, como a soldado da PM Daniela. Ela assumiu que o revólver calibre 38, sem numeração, encontrado na casa era dela. Gabriel também assumiu ser dono da arma.
Sandrinalvo e Bruno estavam presos na Penitenciária da Mata Grande, mas o fato de estarem trancafiados na unidade prisional não impediu que continuassem a manter contato com os outros membros da quadrilha.
Os membros da quadrilha devem responder pelos crimes de comércio de armas, tráfico de armas, planejamento de assaltos, assaltos e formação de quadrilha. Ainda há suspeitas de que há envolvimento em homicídios e associação ao tráfico.
A Polícia Civil apreendeu computadores, celulares, diversas munições, alguma de uso restrito as Forças Armadas, armas e algemas. Participaram da ação 40 policiais civis e cinco delegados.
A Operação foi batizada de Cascalhinho, devido a série de assaltos na região deste bairro, de 6 meses para cá.