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Intermat garante que MT não irá cumprir despejo (Veja aqui fotos)

Da Redação - Priscilla Vilela

Cerca de oitenta moradores do assentamento Nova Cananã invadiram a sede da Secretaria Extraordinária da Copa do Mundo (Secopa) na manhã desta terça-feira (6) para manifestar contra a possibilidade de despejo. Após pressão dos manifestantes e horas de reunião entre representantes do Estado e dos assentados, o presidente do Instituto de Terras de Mato Grosso (Intermat) Afonso Adalberto garantiu que a situação será analisada pelo ponto de vista social.

A medida judicial que favorece o proprietário das terras na área, Armindo Sebba Filho, não será atendida pelo Executivo, permitindo um estudo de caso dos assentados. “Existe a posição tomada, não é de desobediência, mas sim de preocupação com a situação social que está tendo lá dentro. Não estamos desobedecendo a justiça, estamos preocupados e pedimos um voto de confiança”, enfatizou o representante garantindo que os moradores não serão retirados de suas casas.

Alguns ocupantes, no entanto, mostraram preocupação com a possibilidade de que a medida não seja cumprida durante o andamento dos trabalhos. Alguns moradores chegaram a lembrar casos do estado de São Paulo, como o Pinheirinho, onde o despejo das famílias após promessa de colaboração do governo resultou em enfrentamento entre grupos de moradores e policiais militares.

Contudo, entre os populares a maioria se mostrou a favor do voto de confiança aos representantes do governador Silval Barbosa (PMDB). Para Dulcilene dos Santos, comerciante da região do São Gonçalo e moradora do assentamento, a melhor opção na atual situação é acreditar nas palavras do presidente da Intermat. “Acredito no que ele falou, temos que acreditar, estou confiante”.

Os assentados mostraram preocupação de que fossem despejados da área após avistarem equipes da Polícia Militar tirando fotos da área. Com a medida judicial de despejo já decretada, a possibilidade de que a desocupação ocorresse a qualquer momento levou os manifestantes a novas organizações, desta vez, na Secopa.

O secretário de Estado e Segurança Pública, Diógenes Curado, garantiu que o governo de Mato Grosso enviará equipes da Secretaria de Assistência Social para avaliar a situação dos 262 moradores.

A proposta da oferta de casas populares com condição de cobrança de 10% da renda das famílias não foi aceita, e os protestantes afirmaram que aceitam desocupar a área, desde que ganhem as casas antes mesmo do despejo.
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