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Luciana Serafim nega interesses pessoais em denúncias à OAB

Da Redação - Renê Dióz

A advogada Luciana Serafim taxou como naturais os ataques desferidos contra ela desde a divulgação do teor de seu depoimento ao Ministério Público Federal (MPF) sobre supostas irregularidades em licitações da Fundação Uniselva.

Ligada ao atual grupo oposicionista dentro da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), a advogada é testemunha no caso que lança dúvidas sobre a conduta de figuras da cúpula da Ordem, mas negou qualquer interesse pessoal ou político no caso.

Embora lamente os ataques desde a semana passada – muitos deles insinuações de que as revelações do depoimento teriam objetivo pessoal de prejudicar um desafeto, o ex-presidente da OAB Francisco Faiad – Luciana se mostrou tranquila e afirmou que, naturalmente, já esperava as críticas.

O teor do depoimento divulgado fez com que até o diretor-geral da Uniselva, Sérgio Henrique Allemand Motta, anunciasse ação judicial contra a advogada. As acusações também foram classificadas pelo presidente da OAB, Cláudio Stábile, como fruto de motivações políticas da oposição na Ordem.

Já a advogada Fabiana Curi, citada no mesmo depoimento, tratou o caso como revestido de interesse pessoal e político por parte de Luciana.

“Eu sou testemunha no processo e fui intimada para isso. Não fui eu quem fez as denúncias e eu não fui espontaneamente ao MPF”, esclareceu Luciana. Procurada pela reportagem para comentar os desdobramentos das informações repassadas ao MPF, a advogada frisou que não é a única testemunha no processo.

Ela também preferiu falar a respeito do próprio depoimento. Alegou que tudo que tinha de falar está no conteúdo repassado ao MPF; reforçou que ela mesma fez questão de mencionar, no início do depoimento, que não tinha intenções de prejudicar Faiad, embora tivesse tido desentendimentos pessoais com ele no passado; e decidiu não mais falar sobre as informações contidas no depoimento, alegando risco de maculá-lo.

As investigações prosseguem por parte do MPF. As denúncias recebidas dão conta de que Faiad teria se favorecido, desde 2008, com licitações da Uniselva direcionadas para seu escritório.

Faiad negou veemente as acusações e toda a cúpula da OAB já expressou repúdio a respeito. Enquanto isso, o Conselho Federal da OAB também acompanha o caso e apura as condutas de Faiad e Stábile.

Atualizada e corrigida às 16h52.
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