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Caso de MT nos abalou muito, afirma desembargador sobre magistrados aposentados compulsoriamente

Da Redação - Julia Munhoz

O presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), desembargador Nelson Calandra, afirmou que a aposentadoria compulsória de 10 magistrados de Mato Grosso ‘abalou profundamente’ o Judiciário Brasileiro e pondera que a punição talvez não tenha sido a mais eficaz.

“O caso de Mato Grosso nos abalou profundamente, porque é uma falha cometida por colegas, que tem certa gravidade, mas que não justifica a aposentadoria, que é pena capital”, ponderou o desembargador.

No ponto de vista de Calandra, haveria outras formas de punir os magistrados sem que prejudicasse, principalmente, a prestação do serviço jurisdicional. “Uma das soluções seria ordenar o pagamento do valor, que eles seguissem trabalhando e cumprissem as metas do CNJ”.

No dia 13 de junho o Supremo Tribunal Federal (STF) derrubou as liminares que mantinham três desembargadores e sete juízes nos respectivos cargos. Os magistrados foram aposentados compulsoriamente pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Eles são acusados de envolvimento em um suposto esquema de desvio de recursos do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) para beneficiar uma loja da maçonaria.

O caso ficou conhecido como o “escândalo da maçonaria”. Foram denunciados ao CNJ os desembargadores Mariano Travassos, José Ferreira Leite e Tadeu Cury, além dos juízes Marcelo Souza Barros, Irênio Lima Fernandes, Marco Aurélio dos Reis, Antônio Horácio da Silva Neto, Juanita Clait Duarte, Graciema Ribeiro Caravellas e Maria Cristina de Oliveira Simões.
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