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Gilmar Mendes, Taques, Maggi, Riva e Mauro já são protagonistas de 2014

Da Editoria - Marcos Coutinho

Logo após o encerramento do segundo turno das eleições em Cuiabá, com a vitória do empresário Mauro Mendes (PSB), a corrida sucessória para 2014 foi oficialmente aberta e alguns protagonistas já começam a despontar no horizonte da política mato-grossense, da mesma forma como ocorria desde o começo da década dos anos 80, quando os candidatos a governador já eram conhecidos e anunciados pelos partidos (leia-se na época MDB e PDS, depois PMDB, PFL, PDT, PSDB etc), quatro anos antes do pleito.

Com efeito, a sucessão de Silval Barbosa (PMDB), que deve deixar o governo para disputar uma cadeira no Senado da República em 2014 (hoje pertencente ao senador Jayme Campos, do DEM)  já tem alguns protagonistas carimbados, embora enrustidos pública e politicamente falando.

São eles: o ministro Gilmar Mendes (ex-presidente do Supremo Tribunal Federal), considerado um dos melhores nomes para aglutinar as forças políticas dispersas; o senador Pedro Taques (PDT), cujo anúncio de que "não fugirá de seu destino" foi feito ao Olhar Direto num perspecitva de ser candidato a governador; José Riva, presidente da Assembléia Legislativa, que assumirá o comando do Paiaguás quando Silval se lançar candidato ao Senado; o senador Blairo Maggi (PR), atualmente com um pé fora da sigla republicana (embora blefe neste aspecto); e o prefeito eleito da capitall, Mauro Mendes, que hoje jura de pés juntos que não é candidato em 2014.

Mas em se tratando de política, tudo é possível, especialmente nestas plagas pantaneiras. Wilson Santos (PSDB), por exemplo, também jurou com todas as forças possíveis que não deixaria o comando do Palácio Alencastro caso fosse reeleito, mas acabou indo para a disputa do Paiaguás em 2010 (e tomou uma surra daquelas históricas).

E Mauro Mendes pode sim ser candidato ao governo em 2014, sobretudo se o presidenciável do PSB, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, confirmar-se na disputa pela cadeira ocupada hoje por Dilma Rousseff. Quem não tem direito de sonhar ser governador e/ou de ser presidente da República ? Campos certamente quer ter o maior número de palanques possíveis nas capitais caso seu projeto de disputar a presidência seja viabilizado.

De Mendes para Mendes, o ministro Gilmar também sonha silente em ser governador de Mato Grosso. Para alguns mais íntimos, ele já sonha alto e os da intimidade transmitem os sonhos para a mídia. O deputado federal Júlio Campos (DEM) é um dos que sonham ter Gilmar Mendes como candidato a governador. Campos tem sido uma espécie de arauto da candidatura de Gilmar Mendes, o que seria a salvação do Democratas em Mato Grosso diante da desidatração nas últimas eleições, justamente pelo fato de não ter permitido a renovação política de seus quadros.

Blairo Maggi também já admite, para os mais íntimos, que pode ser candidato novamente ao governo e conta com apoio maciço do agronegócio e de outros setores da economia estadual que não escondem o descontentamento com a atual administração. Comedido, Maggi ainda seguro o ímpeto porque ainda é muito cedo para discutir o processo sucessório de 2014.

O senador Pedro Taques também pode ser considerado candidatíssimo ao cargo de governador. Aliás, nas articulações para consolidar a candidatura de Mauro Mandes, o senador pedetista bateu duro no sentido de assegurar que a candidatura do empresário socialista seria para quatro anos. Abertamente, Taques mandou um recado para Mauro Mendes ao afirmar que não aceitaria apoiar o projeto do PSB porque não poderia permitir que a Prefeitura de Cuiabá fosse usada como trampolim. Na réplica, Mendes afirmou que o mandato para senador também tem que ser para oito anos. Como chumbo trocado ñão dói, tanto Taques quanto Mendes reúnem sim condições para disputar o Paiaguás.
 
Quanto a Riva, o sonho de governar Mato Grosso depende de sua situação jurídica. Ele responde a quase uma centena de ações propostas pelo Ministério Público por supostas irregularidades administrativas e financeiras e desvio de recursos, além de fraudes em licitação. Riva vê perseguição do MP e denuncia a atuação política de setores do Poder Judiciário. O certo é que: com a máquina na mão e sem problemas judiciais, Riva é um forte candidato ao governo do Estado em 2014, apesar de todo desgaste político que tem em camadas sociais nas maiores cidades de Mato Grosso.

Mas para Riva assumir o comando do Paiaguás com a saída de Silval é necessário que o vice-governador Chico Daltro assuma uma vaga de conselheiro no Tribunal de Constas do Estado. Agora resta saber se Daltro está disposto a abrir mão de ser governador por oito meses para ser conselheiro vitalício do TCE.

Mais informações em instantes. 1ª atualização às 11h42
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