Cerca de 250 jovens fecharam sexta-feira (21) a ponte sobre o rio Garças parando o trânsito entre Mato Grosso e Goiás no segundo dia de manifestação do ‘Protesta Barra’ em Barra do Garças, na divisa dos dois estados. Os manifestantes saíram da porta da prefeitura e foram até avenida Ministro João Alberto onde se dispersaram driblando a polícia e voltaram a se reunir na praça do Obelisco onde seguiram para interdição do tráfego.  

O bloqueio na ponte não estava previsto, segundo informou a Polícia Militar (PM) que montou uma barreira do outro lado da pista para negociar a desinterdição da ponte. Os jovens estavam com cartazes e faixas pedindo a construção urgente do anel viário para desafogar a região de Barra que sofre com acúmulo de carretas. Há mais de vinte anos essa obra é prometida na região. 

A manifestação demorou em torno de duas horas. Tempo suficiente para deixar a população irritada e esquentar o clima de negociação entre policiais e protestantes. Os policiais estavam com escudos e munição não-letal, mas a ordem era negociar ao máximo, conta o coronel Paulo Costa que acompanhou a movimentação de perto.  

“Esse protesto não estava previsto e fechar a ponte prejudica as pessoas no direito de ir e vir. Tivemos que negociar a liberação do trânsito”, frisou Paulo Costa. O congestionamento foi grande em função do número de carretas que passam por Barra com escoamento da produção de grãos de Mato Grosso. A situação somente voltou ao normal por volta das 10 horas da noite.  

O comando da PM pediu aos manifestantes que não fechem novamente a ponte porque prejudica as pessoas. “O movimento quando fere o direito dos outros perde força e ganha até mesmo antipatia das pessoas. É por isso que estamos pedindo que não haja vandalismo, depredação ou até mesmo fechamento de ponte", comentou o coronel Eddie Metelo. 

Os manifestantes ameaçam fechar a ponte sábado (22) na hora do jogo do Brasil as 16 horas.