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Sem manutenção e obras, ‘Estrada do Moinho’ vira rally para condutores; veja fotos

Da Redação - Priscilla Silva

Antes mesmo de sair de casa no bairro São Francisco, região do Coxipó, em Cuiabá, a funcionária pública Renata Freitas já começa a se queixar do “rally da estrada do Moinho” que terá de enfrentar para chegar à Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), local onde trabalha.  

Leia mais: Obras de duplicação da Estrada do Moinho apresentam evolução em maio
Duplicação da avenida Archimedes Pereira Lima (Moinho) em maio/2013

Assim como Renata, muitos motoristas utilizam a via como rota alternativa para evitar os desvios das obras da Copa realizadas avenida Fernando Correa da Costa. Os motoristas desses veículos, a maioria carros de passeio, também disputam lugar com caminhões de carga, pois a avenida também dá acesso à rodovia BR-364.

Essa obra veio com a proposta de desafogar o trânsito da avenida Fernando Correia e de ser deixada como legado da Copa do Mundo 2014 para Cuiabá. Porém, com a Fernando Correia interditada em quase toda sua extensão e a duplicação da avenida Arquimedes Pereira Lima em execução, os condutores são prejudicados. A obra de manutenção  foi abandonada e o que já era péssimo, cheio de ondulações e buracos, ficou ainda pior. 



Para Renata Freitas, “a obra de duplicação deveria ser iniciada antes das interdições das obras da Copa na Fernando Correia da Costa e seu asfalto deveria ter sido reforçado”. A duplicação da avenida Arquimedes Pereira Lima também prevê a construção de uma ciclovia e a previsão de entrega da obra está agendada para o segundo semestre deste ano.

Comércio

As reclamações relacionadas à ‘Estrada do Moinho’ não estão limitadas aos motoristas que trafegam na via, os comerciantes da região também estão insatisfeitos com o desenrolar das obras e da falta de manutenção do local.
Aderson Neto há sete anos trabalha na loja Moinho Materiais para construção. A loja, que leva o nome antigo da avenida onde está localizada, está instalada exatamente ao lado do córrego do Barbado, uma Área de Preservação Permanente (APP). Atualmente ele é gerente da loja disse estar cansado de presenciar obras mal acabadas na região.

“Há cerca de 90 dias uma obra foi realizada aqui na frente da loja. A proposta era de dar vazão às águas da chuva para o córrego, porém foram instaladas as manilhas, mas não concluíram a obra. O pior de tudo é que a boca de lodo que era para escoar a água está coberta por terra”, conta.

O comerciante vai mais longe e antecipa que com mais duas chuvas, com a intensidade que ocorreu na tarde de domingo (27), o pouco espaço que tem no local irá ceder e o assoreamento do córrego será agravado.

Desde maio desde ano uma proposta antiga de duplicação da avenida começou a sair do papel. Cerca de R$ 17 milhões foram liberados pela Superintendência do Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco) para duplicação e ampliação da avenida. Ao todo são 4,8 quilômetros que vão do bairro Boa Esperança, entroncamento com a avenida Fernando Corrêa Costa, ao entroncamento com a avenida Alziro Zarur, no bairro Tijucal estão no projeto.
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