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PPS firma “pacto de silêncio” para preservar Taques sobre questão da “ata desaparecida”

Da Redação - Jardel P. Arruda

O secretário-geral do PPS em Mato Grosso Antônio Carlos Máximo afirmou que o partido firmou um “pacto” de não discutir a suposta falsificação da ata do registro de candidatura do pré-candidato ao governo de Mato Grosso e senador Pedro Taques (PDT). De acordo com ele, esse assunto só será tratado na esfera judicial e não vai interferir na aliança visando as eleições. A ata original, que precisa ser entregue à Justiça Eleioral por determinação do Tribunal Regional, está desaparecida.

“Nós firmamos um pacto de que não discutiremos mais isso. Está na Justiça e ela discute isso. Chega de especulação. Não queremos mais isso. Esse assunto foi o mais rápido que discutimos na reunião”, disse, em entrevista ao Olhar Direto. “Nós estamos fechados com o Pedro Taques. Isso é uma questão pacífica. Não há nenhuma chance de estarmos em outro bloco”, completou.

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De acordo com o dirigente, essa decisão foi tomada em uma reunião da Executiva Estadual do PPS, realizada no domingo (16), com a participação do Pedro Taques na condição de convidado. Na ocasião, eles também teriam discutido o quadro político para as eleições e como a sigla deverá conduzir as propagandas partidárias.

Taques confirmou ter participado do encontro. “Não houve reunião para discutir ata. Houve uma reunião da executiva do PPS e eu fui convidado na qualidade de pré-candidato. Nós discutimos o quadro político de Mato Grosso e tratamos de outros assuntos. É claro, falamos sobre a ata, mas esse não era o foco da reunião”, disse o senador, em entrevista ao Olhar Direto.

A confusão teria sido gerada durante a campanha de 2010, quando o então primeiro suplente, o deputado estadual Zeca Viana (PDT), desistiu do posto. Supostamente havia um entendimento no bloco de que Paulo Fiúza (então PV, hoje SDD), deveria ocupar a função, substituindo Viana. No entanto, Medeiros foi registrado na vaga de Viana e Paulo Fiúza passou então à segunda suplência.

Com a eleição do ex-procurador da República Pedro Taques, membros do bloco perceberam a “falha” no ato do registro dos primeiro e segundo suplentes – dando abertura para um período de acaloradas discussões e bate-bocas frequentes. Representantes do PV e Fiúza cobraram a inversão das posições das suplências.

O pedetista também está confiante que o PPS deva continuar como um aliado nas eleições de 2014. A aliança entre o partido capitaneado por Percival Muniz com Taques vem ocorrendo desde 2010, quando o pedetista se elegeu ao Senado na chapa que apoiava Mauro Mendes (PSB) para governador, chamada de movimento “Mato Grosso Muito Mais”.

Naquela ocasião, Mendes saiu derrotado, mas a aliança entre os partidos se firmou e foi crucial para a eleição dele como prefeito de Cuiabá dois anos mais tarde, bem como as lideranças do Mato Grosso Mais em importantes prefeituras de Mato Grosso, como Percival, em Rondonópolis, e Otaviano Piveta (PDT), em Lucas do Rio Verde.

Corrigida às 23:48

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