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Pagot nunca esteve próximo de fechar com Pedro Taques, afirma Júlio ao considerar difícil aliança em primeiro turno

De Brasília - Vinícius Tavares

Apesar das especulações em torno de uma possível aliança entre o PTB de Luiz Antônio Pagot e o bloco de oposição liderado pelo senador Pedro Taques (PDT), o grupo do ex- diretor do Dnit está mais próximo de receber o apoio de Blairo Maggi (PR) e confirmar a formação de uma terceira via do que se aproximar do senador pedetista.

A afirmação é do deputado federal Júlio Campos (DEM), que recentemente participou de jantar em Brasília com líderes do grupo de oposição a Silva Barbosa (PMDB) para aparar arestas e garantir a permanência de Jaime Campos (DEM) como o pré-candidato da aliança PDT, PSDB, DEM, PSB e PPS ao Senado.

De acordo com Júlio, que é coordenador do DEM no Estado, o PTB nunca esteve próximo de fechar uma aliança em torno de Pedro Taques. Ele afirmou ainda que se dependesse da vontade da ex-senadora Serys Slhessarenko, ela estaria com ao lado do pedetista.

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“A Serys acompanhou o Pedro mas o PTB não acompanhou. Se dependesse dela ela apoiaria o Pedro Taques. Mas é que o PTB, por uma questão nacional, está tendo um diálogo muito com os aliados da presidente Dilma”, comentou.

Campos lembrou que o ex-prefeito Chico Galindo tentou uma aproximação com o senador Jaime Campos para uma possível coligação da parte proporcional, mas a ligação do PTB com o governo Dilma impediu a união.

“O Chico Galindo veio até o gabinete do Jaime. Era para formar a chapa proporcional DEM, PSDB, PTB junto, como foi na eleição passada, mas de lá pra cá, com essa história de o PTB estar participando do governo federal, ter recebido cargos federais, mais a vice-presidência do Banco do Brasil, e a posição do Pedro Taques de assinar a CPI da Petrobrás, bem como representar no Ministério Público a presidente Dilma Rousseff, inviabiliza uma aliança. Isso fez com que o PTB se afastasse”, avaliou.

O decano da bancada federal não descarta, no entanto, que haja diálogo com o PTB se houver um segundo turno entre Pedro Taques e o candidato, possivelmente, do governo, e que Serys esteja no nosso palanque, como almejava.

“Mesmo que ele (Pagot) não quisesse conversar, é preciso dizer que nós (DEM) que elegemos a Serys (ao Senado)12 anos atrás contra o (ex-governador) Dante. Ela não tinha dinheiro algum e nós apoiamos. A suplência é decisão política. A vice e a suplência são cargos que são decididos nos últimos dez dias, para completar a chapa, para somar e agregar novas forças”.

O deputado defende ainda que o principal nome para ser o vice de Taques deva vir do Nortão e ser ligado ao agronegócio.

“O Eraí não vem, está fora, andando com o Blairo e não interessa ao Blairo. O ex-prefeito de Lucas do Rio Verde, Marino Franz, é ligado ao PSDB. Pode ser o presidente da Aprosoja, Carlos Fávaro, do PP, pode ser alguém que não seja do PR”, finalizou. 
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