Imprimir

Notícias / Economia

Mercado imobiliário: hora de comprar ou alugar?

Email Olhar Direto

 Para especialista, é hora de aproveitar os preços e encontrar uma boa oferta

Os imóveis residenciais estão supervalorizados. O preço subiu muito nos últimos anos principalmente devido à queda da Selic, taxa de juros da economia e dos incentivos ao mercados imobiliário fornecido pelo governo federal.

O mercado, porém, começa dar sinais de desaceleração em função do aumento dos juros no financiamento e de “descontos” nos preços médios dos imóveis novos e usados.
A Habicamp – Associação Regional de Habitação de Campinas informou em junho que a precificação média do metro quadrado das propriedades na região registrou a sexta queda consecutiva.

E agora? É hora de aproveitar a oportunidade e comprar logo? Ou é melhor guardar o dinheiro em aplicações na espera da bolha estourar e os preços baixarem ainda mais.

O professor da IBE-FGV, especialista na área de crédito imobiliário, Marcos Fontes, analisa que não é possível pressupor que o preço dos imóveis atingiu o teto e que tendem a continuar caindo. “A longo prazo, a tendência é que os imóveis ainda valorizem mais do que aplicações financeiras, principalmente as de caráter conservador”, avalia.

Ele destaca também que o custo do financiamento hoje está abaixo da Selic. “É 11% contra 9% de custo anual, em média, com recursos SBPE – a carta de crédito do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimos”, explica.

Fontes acredita que dá para aproveitar o momento e encontrar boas ofertas para imóveis prontos, principalmente novos em estoque de construtoras, e financiar a parte necessária. “Existe uma assimetria muito grande a respeito de valor do metro quadrado nas cidades do estado, por isso não é possível generalizar”.

No caso de quem já possui o dinheiro da entrada ou está pensando em vender o próprio imóvel valorizado e comprar outro, o especialista também dá dicas. “Nada melhor do que investir em uma boa promoção, com prestações decrescentes, planejando portanto um saudável orçamento doméstico”, conclui.
Imprimir