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Na primeira sessão após eleição, Riva propõe CPI para investigar suposta sonegação de Eraí Maggi

Da Redação - Jardel P. Arruda

Na primeira sessão ordinária da Assembleia Legislativa após as eleições, o deputado estadual José Riva (PSD) usou a tribuna, na noite desta terça-feira (07/10), para propor a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar suspeita de fraude e simulação de negócios na Cooperativa Agroindustrial de Mato Grosso (Cooamat), com objetivo de sonegação fiscal, que tem como sócio o produtor Eraí Maggi Scheffer (PP), um dos principais apoiadores do governador eleito Pedro Taques (PDT).

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 “Estamos analisando o pedido de CPI, temos um tributarista estudando isso, acredito que é possível protocolar a solicitação de investigação, porque essa operação fraudulenta deu prejuízo de mais de R$ 500 milhões aos cofres públicos. É preciso resgatar o que o Estado perdeu nos últimos anos, pois esse recurso ajudaria a construir cinco hospitais”, disse o parlamentar.

Riva argumentou que a CPI poderia contar com representantes da Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz), da Delegacia Especializada em Crimes Fazendários (Defaz) e do Ministério Público Estadual (MPE) para elucidar o caso.Na quarta-feira (8/10), a denúncia será formalizada junto à esses órgãos, além do ao Ministério Público Federal (MPF), Receita e Polícia Federal (PF), devido à existência de denúncia por crime no setor da armazenagem.
 
 “Sempre defendi o cooperativismo, mas de outra forma. Não como está ocorrendo, onde o Eraí pegou os seus funcionários, que são “laranjas”, arrendou a sua própria terra de forma simulada e compôs a cooperativa, que adquire produtos, exporta e importa, obtendo toda a vantagem de cooperativa. Também descobrimos que muitas vezes armazenam o produto, transportam só a nota, sem o produto ir. A cooperativa também adquire insumos em seu nome, os produtos vêm de São Paulo, e não tem o diferencial na alíquota para a cooperativa, já para as fazendas teria, isso é um rombo para o Estado. As denúncias são graves, pois quem é dono de fazenda e paga 6% de IOF, enquanto a cooperativa paga 0,38%”, explicou.
 
Riva lembrou que a Cooamat é a sétima maior exportadora de grãos do país, e movimenta anualmente mais de R$ 300 milhões, mas é desconhecida. “Ninguém ouve falar na Cooamat. É ilegal os negócios que ela toca, onde gera prejuízo para o Estado, União e para os trabalhadores. Tem políticos que são sempre investigados, eu sou 24h por dia, então tem empresário que tem que ser também, principalmente aquele que busca de forma fraudulenta, nas suas atividades, pagar menos impostos e lucrar mais”, criticou o deputado ao se referir à Eraí Maggi.
 
Essa é a segunda vez que o parlamentar toca na possibilidade de instalar um CPI para ivnestigar a cooperativa. A primeira vez foi na última semana de campanha eleitoral. Após a primeira declaração, ele foi respondido pelo deputado estadual Zeca Viana (PDT), presidente regional do PDT, o qual sugeriu uma CPI para investigar os atos da Mesa Diretora da AL nos últimos 20 anos que Riva esteve presente no dispositivo.

“O Riva não precisa se preocupar. Ano que vem, com a vitória do Pedro Taques e dos deputados da nossa coligação, toda CPI que tiver que abrir eu serei o primeiro a se manifestar a favor”, afirmou Zeca. “Nós não vamos fazer como eles e o governador Silval Barbosa que não quiseram abrir a CPI da Fethab e nem da Trimec”, completou.
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