Imprimir

Notícias / Política MT

Janaína avalia que PSD precisa ser reconfigurado para não diminuir mais e quer Riva presidente

Da Redação - Jardel P. Arruda

Apesar de ser a sigla com o maior número de prefeitos e de vereadores em Mato Grosso, o Partido Social Democrata viu sua influência diminuir no Estado ao não conseguir eleger nenhum deputado federal e tendo perdido uma cadeira na Assembleia Legislativa. Sem uma bancada parlamentar federal para articular a vinda de recursos aos municípios administrados pela agremiação e na oposição do Governo estadual, a tendência é de o partido encolher ainda mais nas eleições de 2016. A menos que um fato novo surja.

Leia mais: "Agora ele é “vidraça”, avalia herdeira política de Riva na Assembleia sobre Pedro Taques

“O desempenho do PSD foi ruim (nas eleições). Precisamos reconfigurar o partido pensando nas próximas eleições”, assumiu Janaína Riva, a candidata eleita mais votada do partido, que “herdou” a base eleitoral que era do pai, o deputado estadual José Riva (PSD), que foi candidato a governador, mas teve o registro cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

A parlamentar avalia que o resultado da eleição foi reflexo da falta de união e de lealdade dos membros do partido. Como exemplo, ela citou o caso dos deputados federais do partido terem somado menos de 100 mil votos, enquanto os estaduais, somados todos, alcançaram 200 mil. Para ela, muitos apoiaram candidatos de outras coligações, tendo deixado pesar mais o individual do que o grupo

Para evitar que esse tipo de atitude afete o desempenho da sigla nas próximas eleições, ela afirma que o primeiro passo deverá ser tomado com a realização de eleições para uma nova Executiva Estadual do PSD, visto que a atual, da qual o vice-governador Chico Daltro é presidente, está sob prorrogação desde as convenções partidárias. “Agora acho que meu pai José Riva deveria ser o presidente. O conhecimento político e do Estado dele será imprescindível ao partido”, analisou.

Como o partido está


Eliene Lima, que era a maior esperança do PSD para Câmara Federal, não conseguiu se reeleger

Surgido no meio da legislatura 2011/2014, o PSD nasceu com dois deputados federais em Mato Grosso: Eliene Lima (PSD, ex-PP) e Homero Pereira (PSD, ex-PR). Com a morte e Homero, em 2013, foi preciso que Pedro Henry (PP) fosse cassado para outro social democrata assumisse, o empresário Roberto Dorner (PSD). A partir de 2014, a sigla não contará com nenhum deputado federal.

Eliene Lima era o mais cotado para conseguir a reeleição, mas o vice-governador Chico Daltro (PSD) conseguiu uma votação melhor. No entanto, toda votação dos candidatos a deputado federal pelo Partido da Social Democracia não ultrapassaram 100 mil, enquanto o coeficiente eleitoral necessário para abrir legenda rondou a casa dos 200 mil votos

A falta de parlamentares federais ainda deverá dificultar a atuação dos deputados estaduais do partido. Sem abertura em Brasília, eles terão dificuldades para conseguir recursos, além de serem, naturalmente, oposição a nova gestão do Governo Estadual, uma vez que o PSD foi um dos maiores adversários do governador eleito Pedro Taques.

Na Assembleia Legislativa, o PSD ficou por 48 votos de aumentar sua legenda e fazer cinco deputados, como na eleição passada. Além de Janaína, foram Walter Rabello, Pedro Satélite e José Domingo Fraga. Titular na atual legislatura, Airton Português, não conseguiu voltar para AL. Após ter enfrentados problemas jurídicos para oficializar sua candidatura, o deputado não obteve votação suficiente nem para a primeira suplência.

Quem garantiu esse posto foi Gilmar Fabris. Investigado pela Operação Ararath, ele já era suplente no quadriênio 2011/2014, mas em outras legislaturas foi titular de uma das cadeiras da Casa de Leis. Com 49 votos a mais teria sido deputado eleito.
Imprimir