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Vice de Taques cita corrupção no PT e declara que passou a apoiar presidenciável Aécio Neves

Da Redação - Ronaldo Pacheco / Da Reportagem Local - Raoni Ricci

Considerado um dos principais líderes do agronegócio de Mato Grosso, o  vice-governador eleito Carlos Fávaro (PP) anunciou apoio ao presidenciável Aécio Neves (PSDB), durante entrevista coletiva, nesta sexta-feira (10), no auditório do Hotel Paiaguás. “Sem dúvida, o escândalo da Petrobrás pesou decisivamente. Defendo a ética. Um governo que vem caindo com a corrupção, não me permite que continue apoiando-o”, disse Fávaro, ao lado do governador eleito José Pedro Taques (PDT).
 
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No primeiro turno, Carlos Fávaro chegou a pedir votos para a reeleição da presidenta Dilma Rousseff (PT). “Fiz isso por causa do ministro Neri Geller, que é o melhor ministro da Agricultura do Brasil dos últimos anos. É o que tem de bom no governo Dilma. Certamente a agricultura avançou bastante”, justificou ele, sobre o apoio no primeiro turno.
 
Também pesou nos ombros de Fávaro a decisão de Taques, seu companheiro de chapa, que foi a evento do PSDB, em Brasília, anunciar apoio para Aécio Neves.
 
Carlos Fávaro não teme ser punido pelo Partido Progressista e anunciou que sua decisão foi revelada ao presidente da Executiva Regional, deputado federal eleito Ezequiel Ângelo Fonseca. “Respeito, sim, a orientação do Partido. Pedi autorização para estar ao lado do meu governador Pedro Taques e peço compreendam”, afirmou o vice-governador eleito, ao citar que solicitou a ‘liberação’ do PP para ter liberdade de apoiar quem bem entender, sem risco de sofrer sanções.

Pouco antes da entrevista coletiva de Pedro Taques e Carlos Fávaro, o ministro Neri Geller (PMDB) e o senador eleito Wellington Fagundes (PR) já haviam falado em “respeitar a decisão” de Carlos Fávaro. “Talvez ele esteja sob má influência [Pedro Taques]. Mas vamos esperar que tenha bom senso”, disse Neri Geller, em entrevista na sede do Diretório Regional do Partido da República. 
 
Ezequiel Fonseca não atendeu nem retornou às ligações da reportagem do Olhar Direto. Em entrevista nesta quinta-feira (9), Fonseca observou que esperava uma ‘profunda reflexão’ de Carlos Fávaro, mas não admitiu impor qualquer sanção partidária sobre o governador eleito.
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