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Blairo com Dilma e Taques com Aécio polarizam ‘guerra’ de apoios aos presidenciáveis em MT

Da Redação - Lucas Bólico

Duas das maiores forças políticas de Mato Grosso polarizam no Estado a disputa do segundo turno das eleições presidenciais, que ocorrem neste domingo (26). De um lado, a candidata à reeleição, Dilma Rousseff (PT), conta com o prestígio de Blairo Maggi (PR), que deixou o Palácio Paiaguás em 2010 com 92% de aprovação popular segundo o Vox Populi e se elegeu ao Senado com 1. 073.039 votos. Do outro, Aécio Neves conta com o capital político do governador eleito o apoio de 833.788 (57,25%) eleitores, Pedro Taques (PDT).

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Taques ‘peitou’ o posicionamento do seu próprio partido, que faz parte da base do governo PT, para declarar apoio ao candidato da oposição. "Eu amo o meu partido, o PDT. Mas, antes de qualquer coisa, eu amo Mato Grosso, amo o Brasil. Um Estado mais justo, mais eficiente e transparente. É o que desejo ao Brasil. Por isso, estou com Aécio Neves", discursou Pedro Taques, durante evento no início do segundo turno, no Memorial JK, no Distrito Federal.  No primeiro turno, Taques já havia feito carreata e comício em Cuiabá com o tucano.
 
Já Blairo Maggi, que fez questão de ficar o mais distante possível das eleições em Mato Grosso, tem se manifestado reiteradamente em favor de Dilma Rousseff, garantindo que a petista é a melhor opção para o agronegócio, e consequentemente para a economia de Mato Grosso. "Para alcançar os índices da economia que vem propondo, um possível governo de Aécio Neves teria que sacrificar o agronegócio", afirmou recentemente em texto encaminhado à imprensa. "O passado mostra como eles (do PSDB) costumam atuar na economia: é cortando linhas de crédito e aumentando os juros para controlar a inflação. O setor vai ser patrolado. Não tenho dúvidas disso".
 
Entre os candidatos derrotados ao governo de Mato Grosso, Dilma ainda conta com o apoio do ex-vereador Lúdio Cabral (PT), segundo colocado nas urnas, e de José Riva (PSD), que foi substituído antes da eleição por sua esposa, Janete Riva, que alcançou o terceiro lugar. O petista atuou intensamente na campanha no segundo turno, principalmente em Cuiabá e Várzea Grande. Já Riva tem usado os ganhos socias do governo PT para justificar sua decisão. “Faço uma pergunta muito simples: no mandato do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), você encontrava na rua mais carro velho ou novo? Claro que velho! Mais bicicleta ou motocicleta? Claro que mais bicicleta!”, afirmou.
 
Senado
 
Aécio Neves conta com o apoio do senador Jaime Campos, que encerra o mandato neste ano. Ele será substituído pelo senador eleito Wellington Fagundes (PR), que coordena a campanha da petista em Mato Grosso. Já a campanha do PSDB é coordenada em MT pelo deputado federal reeleito e mais votado em 2014, Nilson Leitão.
 
Três principais cidades
 
Entre os três maiores colégios eleitorais de MT, Cuiabá, Várzea Grande e Rondonópolis, respectivamente, a vantagem é do tucano. Ele conta com o apoio de Mauro Mendes (PSB), prefeito de Cuiabá e de Percival Muniz (PPS), de Rondonópolis. O prefeito de Várzea Grande, Wallace Guimarães, do PMDB, é do arco de alianças que apoia o atual governo, assim como o governador Silval Barbosa (PMDB) e o deputado federal Carlos Bezerra (PMDB).
 
Agronegócio
 
No campo do agronegócio, além de contar com Blairo Maggi, Dilma tem ao seu lado o ministro da Agricultura, Neri Geller (PMDB). Já Aécio tem o ex-presidente da Aprosoja e vice-governador eleito, Carlos Fávaro (PP) e o presidente licenciado da Famato e candidato ao Senado derrotado nesta eleição, Rui Prado (PSD) tanto Prado quanto Fávaro contrariaram o posicionamento de seus partidos ao declararem apoio a Aécio Neves.
 
O time pró-Dilma teve a difícil missão de reverter uma rejeição histórica ao PT em Mato Grosso para alavancar os votos da presidente. Até o dia de hoje, o Partido dos Trabalhadores nunca venceu uma eleição presidencial em nenhum turno em MT. Aécio Neves, que ganhou o primeiro turno em Mato Grosso, tem grande chances de ampliar a vantagem sobre a petista neste domingo. Com a disputa acirrada, ambos candidatos optaram por focar a campanha nos estados com maior densidade eleitoral e deixaram MT de lado na segunda etapa da campanha. 
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