Imprimir

Notícias / Ciência & Saúde

Projeto capta energia da fotossíntese das plantas para carregar celulares

Revista Galileu

Robin Lee, um artista de 45 anos, estava no metrô de Londres quando seu iPhone descarregou. Olhou para o lado e viu uma tomada na parede da estação. Plugou o aparelho e aguardou que voltasse à vida. Minutos depois, acabou preso por roubar eletricidade. Tudo bem que as autoridades britânicas pegaram pesado, mas nada disso teria acontecido se Lee tivesse escolhido carregar o celular em uma das plantas do Hyde Park. Parece estranho? Na verdade, há anos cientistas estudam como incorporar ao nosso cotidiano o uso da energia produzida pelas plantas.

Recentemente, um time de pesquisadores da Universidade de Cambridge desenvolveu um projeto chamado Photo Microbial Fuel Cells, algo como “células de combustível fotomicrobiótico” em português. A ideia é usar os elétrons gerados pela fotossíntese como se fossem um painel solar. “Prótons e elétrons são formados pela própria fotossíntese e pela digestão das bactérias. Eles são levados a um recipiente que funciona como uma bateria, com um ânodo e um cátodo”, explica Fabienne Felder, designer envolvida no estudo.

Três engenheiras chilenas colocaram a teoria em prática com o carregador de smartphone E-Kaia. Evelyn Aravena, Camila Rupcich e Carolina Guerrero enterraram um biocircuito na terra com uma planta. Então fotossíntese e bactérias entraram em ação, produzindo cinco volts, o necessário para carregar o celular durante uma hora e meia, segundo as engenheiras. Essa parece ser uma boa candidata a próxima grande fonte de energia renovável.

Imprimir