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Pedro Taques recebe estudo de viabilidade do VLT para entregar à Justiça nesta segunda-feira e ainda não leu

Do Enviado Especial à Transpantaneira, em Poconé - Ronaldo Pacheco

O formato da decisão do Poder Judiciário é que vai apontar se o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) será concluído. A tese partiu do governador Pedro Taques (PSDB), neste sábado (23), após inaugurar pontes de concreto na Rodovia Transpantaneira (Poconé), ao revelar que o governo de Mato Grosso entregará para a Justiça Federal, na tarde desta segunda-feira (25), o estudo de viabilidade da conclusão das obras do VLT.
 
Pedro Taques revelou que começou a ler na noite de sexta-feira (22) o relatório sobre a viabilidade do VLT, elaborado pela KPMG Consultoria Ltda. “Não consegui ler tudo. Li durante a madrugada, fiquei com sono e fui dormir. E não posso anunciar à imprensa antes de entregar para a Justiça Federal, no processo entre o Governo do Estado e o Consórcio VLT”, justificou ele, pontuando que a situação exige cautela e sabedoria.

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O chefe do Poder Executivo argumentou que o documento extratifica o VLT, como um todo. “O que foi gasto? Quando e quanto foi gasto? E o que ainda precisa ser gasto com o VLT? É viável, do ponto de vista financeiro? Quanto será a tarifa?”, observou ele, para a reportagem do Olhar Direto.
 
“É certo que o Gabinete de Comunicação irá marcar uma entrevista coletiva na segunda-feira à tarde para expor a situação para a sociedade, de forma que todos entendam o conteúdo do estudo”, emendou Taques, ao confirmar que a consultoria apresenta o parecer técnico em três estudos: o primeiro trata da viabilidade técnica do modal, o segundo apontará o melhor modelo de operação e o terceiro irá abordar a questão tarifária. A previsão é que o relatório final da consultoria seja entregue até o final de fevereiro.
 
O assunto é tratado com ‘segredo de Estado’ e Pedro Taques vai trazer em fevereiro a Cuiabá o ministro Gilberto Kassab (PSD), das Cidades. O vice-governador Carlos Fávaro, presidente regional do PSD, possui estreito diálogo com Kassab. Taques  vai pedir apoio da União para concluir a questão do VLT, já que a Capital e Várzea Grande estão com suas principais vias ‘rasgadas’ até hoje, à espera das obras de conclusão do VLT.
 
“O ministro Gilberto Kassab está confirmando sua vinda a Mato Grosso no dia 4 de fevereiro, para que possamos saber se o Ministério das Cidades pode ou não nos ajudar, a partir do resultado da KPMG”, completou Pedro Taques.
 
Na semana passada,  o secretário Eduardo Chilleto, das Cidades, confirmou para a reportagem do Olhar Direto que as obras ficarão mais caras, mas disse que caberá ao governador fazer o anúncio à sociedade.  Chilleto observou que o aumento no valor é devido ao reajuste anual do contrato.
 
A KPMG foi contratada pelo governo do Estado por determinação da Justiça Federal. A consultoria custou R$ 3,8 milhões, que deverão ser pagos pelo Consórcio VLT, formado pelas empresas Santa Bárbara, CR Almeida, CAF Brasil Indústria e Comércio, Magna Engenharia Ltda. e Astep Engenharia Ltda.
 
Sem a decisão do Poder Judiciário, a retomada das obras do Veículo Leve Sobre os Trilhos (VLT) fica sem data certa. Os serviços estão interrompidos há 13 meses.

O Consórcio VLT solicitou mais prazo e mais recurso financeiro para concluir a obra, que deveria ter ficado pronto para a Copa do Pantanal FIFA 2014, em Cuiabá. Iniciada em 2012, a obra de implantação do VLT ainda não possui projeto executivo. O governo de Mato Grosso entende que o Consórcio VLT exigiu “condições totalmente inapropriadas e destituídos do mínimo de fundamento lógico-jurídico”.
 
O Poder Executivo de Mato Grosso cita que a obra, orçada inicialmente em R$ 1,4 bilhão, já teria consumido R$ 1,066 bilhão. Contudo, a empresa afirma que esses valores precisam ser corrigidos por causa da inflação e atrasos nos pagamentos na gestão passada.  
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