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Defaz apreende R$ 1 milhão na Sodoma; polícia teve de buscar máquina para contar dinheiro

Da Redação - Patrícia Neves/ Da Reportagem Local - Laíse Lucatelli

 Cerca de R$ 1 milhão foi apreendido na casa do empresário Willian Paulo Mischur, proprietário da empresa Consignum (que presta serviços de assessoria de crédito para servidores públicos). Ele foi um dos presos preventivamente na segunda fase da Operação Sodoma, deflagrada nesta manhã.  A ação, da Polícia Civil, levou para cadeia ainda o ex-secretário de Estado, César Zilio. Os crimes apurados são de lavagem de dinheiro e corrupção. 
 
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Em razão da quantidade de dinheiro localizado e apreendido, os policiais da Delegacia Fazendária, buscaram no início da tarde de hoje uma máquina empregada para contagem de cédulas. O empresário foi alvo de três mandados de buscas, cumpridos um na empresa Consignum e dois em residências, uma localizada em um edifício no bairro Santa Rosa, e outro em uma casa no condomínio Naútico Portal das Águas, no Manso.

A operação Sodoma 2 cumpre nesta sexta-feira 21 ordens judiciais decretadas pela Vara Especializada Contra o Crime Organizado, sendo 11 mandados de buscas e apreensão, cinco mandados de prisão preventiva e cinco  mandados de condução coercitiva.

Foram cumpridos os cinco mandados de prisão contra os ex-secretários Pedro Jamil Nadaf (Indústria e Comércio), Marcel Sousa de Cursi (Fazenda), César Roberto Zílio (Administração); Willian Paulo Mischur (Consignum – empresa de empréstimo consignado para servidores públicos); e Karla Cecília de Oliveira Cintra, assessora direta de Pedro Nadaf, que na primeira fase da operação Sodoma teve medida cautelar para uso de tornozeleira eletrônica decretada e agora foi expedida ordem de prisão.

Os ex-secretários de Indústria e Comércio e de Fazenda, Pedro Jamil Nadaf e Marcel Sousa de Cursi, respectivamente, estão presos desde a primeira fase da operação Sodoma, em setembro de 2015, no Centro de Custódia de Cuiabá.  Eles tiveram novamente mandados de prisao decretados e cumpridos. 

A operação Sodoma 2 apura conduta dos membros da organização criminosa na utilização de recursos provenientes do pagamento de propina e lavagem de dinheiro. Os trabalhos são desdobramentos das investigações relacionadas à concessão fraudulenta de incentivos fiscais do Programa de Desenvolvimento Industrial e Comercial de Mato Grosso, o Prodeic.

As investigações apuraram que parte dos cheques repassados como pagamento de propina a servidores públicos foram utilizados para aquisição de um imóvel localizado na Avenida Beira Rio, bairro Grande Terceiro, em Cuiabá.
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