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Favorável ao impeachment, Blairo Maggi defende mudança de mentalidade e não apenas troca de governante

Da Redação - Ronaldo Pacheco

Considerado um dos pesos-pesados do Congresso Nacional a apoiar o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) num momento em que imperava a dúvida no seio da maioria das bancadas e na cabeça dos parlamentares, o senador mato-grossense Blairo Maggi (PR) defende que haja alteração drástica no formato da administração pública e não apenas mudança de governante. “Precisamos que esses recursos que hoje chegam aos cofres do governo sejam necessários, suficientes para fazer aquilo que não está sendo feito até agora. É essa a questão”, observou ele, sobre a expectativa de que o vice-presidente Michel Temer (PMDB) assuma a Presidência da República, em maio.

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Blairo Maggi ponderou que o Brasil precisa olhar um pouco para dentro de si mesmo, avaliar a atual estrutura governamental, reduzir os seus custos e se tornar eficiente. Existe a necessidade de reduzir ministérios, cortar gastos e otimizar os recursos financeiros existentes, sem aumentar impostos e sacrificar ainda mais os trabalhadores e os empresários.
 
Para o ex-Rei da Soja, a ineficiência do governo revela que não há, por parte dos governantes, uma preocupação com o cidadão.“A corporação do governo está preocupada com ela mesma, está preocupada com o salário dela e seus próprios benefícios. Não está preocupada com o agricultor, não está preocupada nem com aqueles que recebem Bolsa Família. Parece-me que o Estado brasileiro dá Bolsa Família não para ajudar as pessoas, mas para acalmar, contentar. "Fiquem quietos. Fiquem aí. Não nos atrapalhem". É esse Brasil que nós queremos discutir daqui para frente”, afirmou no discurso.
 
Em sua fala, Maggi garantiu falar em nome dos brasileiros trabalhadores, empresários, agricultores que, segundo ele 'são os que efetivamente fazem o país andar, ao pagarem seus impostos'.
 
“Não estamos aqui a discutir se sobrará mais ou menos para um ou se vamos tirar de "a", de "b" ou de "c". O que eu desejo, e o que esses que estão fora da política querem e desejam, é que o Estado seja eficiente; que o Estado seja cumpridor das suas obrigaçõese que entregue para as pessoas aquilo que elas esperam na saúde, na educação, na segurança pública, no investimento”, criticou.
 
O senador revelou ainda que ao conversar com o vice-presidente Michel Temer, alertou para a gravidade da crise e a necessidade administrar o país de forma diferente da atual. “Se ele for fazer um governo nos moldes do que está aqui, a chance de errar é de 100%”, avaliou.
 
Para o mato-grossense a necessidade de mudança é muito maior do que a simples troca de governo. “É preciso trocar de atitude. É preciso fazer com que o Brasil funcione para os brasileiros, e não para as corporações que são donas do Brasil”, criticou. Na avaliação do senador, os brasileiros que trabalham e produzem é que devem mandar no país.
 
Blairo falou ainda que o impeachment representa uma oportunidade de mudança que se não ocorrer agora, terá que ser feita apenas em 2018. “A oportunidade que está se abrindo com o processo de impeachment não é do vice-presidente Michel Temer, mas do povo brasileiro que deve cobrar uma mudança de postura no governo”, completou Maggi.
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