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Presidiários que lideraram ataques em MT devem ir para penitenciária federal

Da Redação - Laíse Lucatelli

Os quatro presidiários apontados como líderes dos ataques ocorridos em Cuiabá e Várzea Grande no último fim de semana devem ser transferidos da Penitenciária Central do Estado (PCE), no bairro Pascoal Ramos, na capital, para penitenciárias federais em outros estados. A assessoria de imprensa da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) informou que já foi tomada a decisão de transferir os presos, seguindo um protocolo nacional de segurança de isolar os líderes em situações como essa e evitar que eles continuem exercendo o papel de comando.

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O setor de Inteligência da Sesp identificou, ainda na sexta-feira (10), o detento Reginaldo Aparecido Brito como líder dos ataques. No domingo (12), outros três presidiários foram autuados como líderes da organização: João Luiz Baranosk, Reginaldo Silva Rios e Carlos Alberto Vieira Teixeira.

Por medida de segurança, a assessoria não informou quando será a transferência nem o local para onde eles devem ir. O sigilo tem como objetivo evitar tentativas de resgate.  Agora, resta esperar os trâmites necessários para concluir a transferência. O pedido feito pelo governo de Mato Grosso precisa ser deferido pelo Poder Judiciário, segundo informou a Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh). Só então será realizada a transferência.

Neste fim de semana, foram incendiados três ônibus em Cuiabá e Várzea Grande, e houve tentativa de incendiar mais um. Houve também um atentado à casa de um sargento da Polícia Militar e de um agente penitenciário. A Base Comunitária de Segurança Pública do Três Barras foi alvo de 47 tiros e dois coquetéis molotov, que não explodiram. Houve ataques também em várias cidades do Estado.

A rebelião teve início em função da greve do sistema penitenciário, que acabou com as visitas aos presos por um período de cerca de 10 dias. Após a onda de ataques, no sábado (11) os agentes penitenciários decidiram liberar as visitas aos domingos enquanto perdurar a paralisação. Eles participam da greve geral dos servidores estaduais, que reivindicam a reposição de 11,28% da inflação 2015. 
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