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Brasileira é barrada ao viajar para os EUA e já está detida há 15 dias no país

Do G1 São Paulo

Uma adolescente brasileira foi barrada ao tentar entrar nos Estados Unidos e já está detida há 15 dias lá. Os pais alegam que ela tinha toda a documentação necessária e em dia. A jovem contou que foi informada no setor de imigração de que não poderia estar desacompanhada. A mãe viajou para o país, mas diz que ainda assim não conseguiu liberar a filha e que continua sem saber oficialmente o motivo da detenção.

Stephane deixou o Brasil no último 10 para visitar uma parente e iria aproveitar para ver a possibilidade de cursar o último ano do ensino médio em Orlando, na Flórida. Uma tia dela vive há quase dois anos na cidade. A adolescente já esteve nos Estados Unidos outras vezes, mas esta foi a primeira em que a viajou sozinha.

O que seria só mais uma viagem ao país, mudou de cenário quando a jovem desembarcou no Aeroporto de Detroit. Ao passar pela imigração, a adolescente acabou barrada e conduzida a uma pequena sala onde permaneceu durante mais de dez horas sem saber o por que.

De lá, Stephane foi encaminhada a um abrigo para menores refugiados em Chicago. Segundo o pai dela, a adolescente foi vacinada diversas vezes no local. Toda a bagagem passou por uma higienização e ela foi obrigada a usar um uniforme. "Só as roupas íntimas deixar com ela", afirmou o pai da estudante, Sérgio Ferreira.

A família só foi informada de que Stefane estava num abrigo três dias depois. A mãe conta que voou imediatamente para o país e, mesmo depois de provar que é a adolescente é sua filha, não conseguiu liberá-la. A jovem só tem direito a dois telefonemas e um encontro por semana.

O encontro acontece em local determinado pelas autoridades americanas, que não permitem que a mãe saiba onde fica o abrigo.  "Eles não dão endereço. O lugar que eu visitei a Stephane é um lugar que eles determinam. É tudo muito sigiloso pra proteger a menor", contou a mãe.

Em nota, o Itamaraty afirmou que já acionou o consulado-geral do Brasil em Chicago e que mantém contato com os pais da adolescente e com as autoridades americanas. O consulado pediu urgência na análise do caso. A embaixada dos Estados Unidos no Brasil disse que não pode comentar o caso por conta de questões de privacidade da lei norte-americana.
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