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FAB lança documentário sobre bastidores de resgate do acidente com Boeing da Gol em MT; veja

Da Redação - Wesley Santiago

A Força Aérea Brasileira (FAB) prepara o lançamento de um documentário que irá mostrar os 44 dias de trabalho dos militares na que é considerada a maior operação de resgate da história no país. Batizado de ‘Voo 1907 – 10 anos depois’, o filme mostrará como os 800 militares atuaram no local da queda do Boeing 737 da Gol, que caiu após chocar-se com um Embraer Legacy-600, no dia 29 de setembro de 2006. Ao todo, 154 pessoas morreram.

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Ao todo, dois trailers já foram divulgados pela FAB (veja no fim da matéria). A intenção é contar os bastidores da operação que durou 44 dias. Segundo o órgão, esta foi a “maior operação de resgate da FAB, com cerca de 800 militares, 52 aeronaves utilizadas e mais de 1.500 horas de voo”. Com o slogan de ‘não deixamos ninguém para trás’, o documentário deverá ser lançado no dia em que a tragédia completa 10 anos (29/09/2016).
 
“O desfecho dessa história você conhece, mas não tem ideia do que realmente aconteceu durante o resgate”, diz trecho de uma publicação feita pela FAB no Facebook. “Nunca vai sair da minha cabeça isso aqui. A cada dia da minha vida eu lembro desse local, desse acidente. Me marcou para sempre. Trouxe para mim uma nova maneira de encarar a vida, de encarar meu dia a dia. Realmente foi marcante demais”, diz um dos militares no trailer.
 
O documentário promete mostrar a história contada por “quem participou da maior operação de resgate realizada pela FAB”. “É um ser humano, uma família que tinha ali, que foi destruída. Então é a satisfação de essa esposa, esse pai, essa mãe... vai ter teu filho de volta”, conta outro militar que também atuou.

O acidente

O acidente que vitimou todos os 154 passageiros do voo 1907 da Gol, aconteceu no dia 29 de setembro de 2006. Na ocasião, o avião Boeing 737-800, da companhia Gol Transportes Aéreos S/A, colidiu em voo, sob o céu do Estado de Mato Grosso, com o jato Embraer Legacy 600, prefixo N600XL. As duas aeronaves mantinham a mesma altitude (37.000 pés), e voavam em sentidos opostos, em pleno espaço aéreo controlado pelo ACC-BS (Centro de Controle de Área de Brasília), sediado no Cindacta-I (Primeiro Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo).
 
Após a colisão, o Boeing se despedaçou no ar e caiu em uma região de árvores densas. As gravações das caixas pretas mostram que o piloto e o co-piloto da aeronave conversavam sobre viagens e viam um álbum de fotos quando foram atingidos pelo Legacy. Os dois se assustaram e tentaram manter a aeronave no ar, sem sucesso.
 
Já o Legacy, apesar de sofrer danos graves a sua asa e estabilizador horizontal esquerdo, pousou em segurança com seus sete ocupantes não lesionados, na base Aérea do Cachimbo. Várias famílias ainda lutam na justiça por indenizações. Em junho deste ano, a união foi condenada a arcar com indenização de R$ 20 mil, além de restituir mais de R$ 8 mil, a duas familiares de uma vítima do acidente aéreo.  
 
Confira os dois trailers:
 

 
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