Imprimir

Notícias / Cidades

Após reabilitação Bolinha volta à antigo quadro de obesidade; situação foi retratada no programa Encontro

Da Redação - André Garcia Santana

Conhecido em todo país por seu quadro de obesidade, o cão Bolinha, que deixou a reabilitação há pouco mais de um ano, voltou ao seu peso antigo e necessita novamente de cuidados especiais. Por falta de condições financeiras, ele foi retirado da escola de adestramento, onde fazia exercícios físicos, e tem deixado de consumir a ração especial, chegando a ultrapassar os 30 kg. Quem relata o caso é a protetora Michelle Scopel, Ong OpaMT, que abriga, além do cãozinho, outros 30 animais em sua casa.  

Leia mais;
Cão que esperava dono morto em UPA ganhará novo lar; protetora denuncia descaso no Centro de Zoonoses
 
O caso ganhou repercussão em junho deste ano, quando o cachorro esteve com a atual dona no programa Encontro, com Fátima Bernardes, época em que a balança registrava 26kg, 10 a mais do que os 16 alcançados na recuperação. Na atração global também foi mostrado que a organização realizou o resgate de Bolinha em uma lanchonete na rodovia BR – 364, onde era alimentado com restos de salgados e comida, além de beber água suja e vivem em meio a entulhos de lixo.
 
De acordo com Michele, devido aos cuidados que os outros animais demandam, fica impossível conseguir fornecer o alimento apropriado a ele, uma vez que a ração para cães obesos é cara, assim como a escola de adestramento, que custa R$ 500 por mês.“Não dá pra saber qual é o estado clínico dele porque estou sem condições de levá-lo ao veterinário, mas suspeitamos que ele esteja com algum problema hormonal, já que a quantidade de comida fornecida é a mesma dos outros  bichos.”
 
Ela explica ainda que Bolinha vem se mostrando ofegante ao realizar atividades corriqueiras e que não é possível regular individualmente o quanto cada bicho vai comer. “Se fosse um ou dois, tudo bem. Daria pra colocar a comida e depois recolher. Mas se eu fizer isso com 30, muitos vão ficar sem comer, porque eles não comem ao mesmo tempo. Além do mais, não posso tirar do orçamento destinado a 70 animais da Opa pra cuidar só dele.”
 
Bolinha morou um tempo na casa de uma vizinha da protetora, mas a permanência dele no local teve que ser interrompida por falta de estrutura. Ele também foi colocado para adoção, mas ninguém quis abrigá-lo. Michelle diz que não tem problemas em ficar com o animal, já que gosta muito dele, mas reconhece que a casa não é o lugar mais apropriado. “Tenho medo de tirar ele daqui e ele ficar depressivo. Ele já se mostrou assim longe de casa porque está acostumado a ficar aqui.”
 
 Agora ela pede ajuda para o vira-lata passe por exames que apontem a existência de algum problema hormonal. Além disso, os interessados podem contribuir com doações em dinheiro, com o custeio das consultas, dos exames, da ração ou de exercícios como os da esteira, que serão recomendados neste caso. Para ajudar basta entrar em contato por meio da Página OpaMT. 
Imprimir