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Notícias / Picante

Nosso dialeto!

Da Redação

 Considerado um dos principais defensores da cultura mato-grossense, o professor e radialista William Gomes tinha precupação contumaz com a preservação do cuiabanês – linguajar típico do Pantanal, indo desde o Vale do Rio Cuiabá até Porto Murtinho (MS), passando por Cáceres e Corumbá (MS). E ele passou a estudar ao ver uma professora de sua filha, de origem sulista, corrigi-la pela pronúncia arrastada, bem cuiabana. “A professora disse: não fala assim, tá errado!”, lembrou ele, certa vez. E sempre comentava como é que alguém vai até o Rio Grande do Sul afirmar que “barbaridade, bá, tchê” está errado?,  questionava. Por mais que tenha se esforçado, com dicionário, William Gomes bem sabia que o cuiabanês ainda teria muito a enfrentar. Os jovens do Vale do Cuiabá falam como paulistas e cariocas, menos como autênticos cuiabanos, porque têm vergonha - em sua maioria - da pronúncia da própria língua, o que é lamentável sob todos os aspectos.
 
 
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