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Afastado, Antônio Joaquim afirma que vai suspender pedido de aposentadoria até o final das investigações

Da Redação - Isabela Mercuri

O Conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE) Antônio Joaquim se manifestou por meio de nota, após ser afastado do cargo na manhã desta quinta-feira (14) pelo Ministro Luiz Fux, a pedido da Procuradoria Geral da República. O conselheiro, agora afastado, afirmou que sempre se pautou pela honestidade, e afirmou ainda que já tinha pedido sua aposentadoria do cargo (cujo processo encontra-se em trâmite) para retomar a vida político-partidária, mas que agora vai suspender a medida até o final das investigações.

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O afastamento dos conselheiros se deu em decorrência da delação premiada do ex-Governador Silval Barbosa. Também foram alvos José Carlos Novelli, Valter Albano, Sérgio Ricardo e Valdir Teis.

Silval, em dela
ção, apontou que José Carlos Novellli solicitou R$ 53 milhões em propina no ano de 2012, para não prejudicar o andamento de obras do programa MT Integrado, de pavimentação de rodovias. Segundo o ex-governador, após atraso no pagamento de propina, as obras chegaram a ser paralisadas pelo TCE, em decisão do conselheiro Sérgio Ricardo.

Leia a íntegra da nota de Antônio Joaquim:

Ao longo de 36 anos de vida pública, sempre pautei a minha conduta pela honestidade, legalidade, legitimidade e transparência nos atos praticados.

Sou conhecido pela coerência, franqueza e coragem nos posicionamentos e julgamentos no TCE-MT - onde atuo desde o ano 2000.

Em muitos momentos da vida, fui até criticado pela dureza e sinceridade, pois nunca fui um homem dado a dissimulações.

Faço os enfrentamentos necessários sempre à luz solar e de cabeça erguida, na perspectiva de ser sempre justo e propositivo.

É com essa premissa que recebo a informação do meu afastamento do cargo de conselheiro do TCE-MT.

Tenho profundo respeito pelas instituições e espero que a investigação em curso seja rápida, para que eu possa resgatar a minha cidadania sequestrada por essa decisão.
Estou a disposição do Poder Judiciário e do Ministério Público Federal para esclarecer quaisquer questionamentos.

Sobre as denúncias, reafirmo que nunca recebi nenhuma vantagem indevida para exercer o cargo que ocupo e nunca autorizei qualquer pessoa a falar em meu nome. Lembro que ao longo de toda a minha vida pública nunca fui alvo de qualquer denúncia de corrupção.

Como é de conhecimento público, tinha solicitado a minha aposentadoria do cargo (cujo processo encontra-se em trâmite) para retomar a minha vida político-partidária.
A decisão judicial me obriga a suspender tal medida, vez que terei que continuar no cargo (afastado do exercício da função) até que seja concluída a investigação.      
                 

O TCE também se manifestou por meio da acessória, e informou quanto a suspensão do expediente nesta data:

"O Tribunal de Contas de Mato Grosso informa que a sessão plenária que seria realizada nesta quinta-feira, 14/9, foi suspensa, assim como o expediente administrativo, com objetivo de não atrapalhar a ação do Ministério Público Federal e da Polícia Federal, que cumprem mandados de busca e apreensão na sede do TCE-MT". 
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